13 set, 2024 - 08:00 • Aura Miguel, a acompanhar a visita do Papa ao sudeste asiático
Francisco despede-se de Singapura com uma clara aposta nos mais novos, num sugestivo encontro interreligioso, não só entre jovens católicos, mas com outros de outras religiões.
O encontro termina com a leitura de um apelo a favor da unidade e da esperança, tema que também foi o fio condutor desta visita a Singapura.
Francisco encerra assim a maior viagem do seu pontificado. Nesta última etapa no sudeste asiático, a opulência de Singapura contrastou com a pobreza dos outros países visitados, sobretudo, Timor Leste e Papua Nova Guiné. Mas, no essencial, o que o Papa propôs ao longo destes dias vale para todos: unidade e esperança; aceitação do outro e harmonia; desenvolvimento integral e diálogo interreligioso.
Timor-Leste marcou trunfos nesta viagem histórica. O país saiu à rua e aderiu à visita, como nunca visto em outras visitas deste pontificado, ao ponto de Francisco reconhecer que o povo timorense é um povo sábio excepcional.
Junto ao avião, enquanto se despedia das autoridad(...)
Notável foi também a energia que Bergoglio revelou, a poucos meses de completar 88 anos. Francisco enfrentou elevadas temperaturas com muita humidade, nunca se mostrou cansado e saudou, sem pressa, todos os que se aproximaram dele para uma bênção e até autógrafos e selfies.
Em 12 dias de viagem, percorreu 33 mil quilómetros para confirmar na fé e reforçar a esperança dos católicos mais distantes que vivem no outro lado do mundo.
O Papa das periferias comprovou assim que a vivacidade da fé que encontrou nas longínquas comunidades da Ásia e Oceânia, é uma vivacidade que faz muita falta à Igreja e que o Ocidente já perdeu há muito.