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Papa em Singapura: “O que edifica não é o dinheiro, nem a técnica, mas a pessoa e o amor”

12 set, 2024 - 10:50 • Aura Miguel, enviada especial da Renascença a Singapura

Francisco dedicou a sua homilia à importância da pessoa humana e do amor, acima do ódio e da indiferença.

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No mais famoso e moderno estádio de Singapura, 55 mil fiéis acolheram em festa a chegada do Papa. Uma igreja multicultural e multifacetada que não ultrapassa os 3,5% da população mas tem vindo a crescer e a assumir protagonismo na vida cultural e assistencial do país.

Os primeiros missionários a chegar aqui foram os portugueses, no séc. XVI, incluindo S. Francisco Xavier, como recordou o próprio Papa jesuíta, na sua homilia, apontando-o como modelo de fé. Mas foi só no séc. XIX que viria, a consolidar-se.

O Santo Padre dedicou a sua homilia à importância da pessoa humana e do amor, acima do ódio e da indiferença. É que,na origem destas imponentes construções, como de qualquer outro empreendimento que marque positivamente este mundo, não está em primeiro lugar, como muitos pensam, o dinheiro, nem a técnica, nem sequer a engenharia – sem dúvida, meios úteis - mas sim o amor, a caridade que edifica”, disse.

Referindo-se à beleza desta cidade e às suas arrojadas arquiteturas, Francisco lembrou que “por detrás de cada uma das obras que temos diante de nós, há tantas histórias de amor a descobrir: homens e mulheres unidos entre si numa comunidade, cidadãos dedicados ao seu País, mães e pais devotados às suas famílias, profissionais e trabalhadores de todos os tipos e graus, empenhados de forma honesta nas suas diferentes funções e tarefas”.

O que permanece neste mundo, em infinitas e variadas circunstâncias, “é porque o amor prevaleceu sobre o ódio, a solidariedade sobre a indiferença, a generosidade sobre o egoísmo”, esclareceu o pontífice. “Sem isso, ninguém teria sido capaz de fazer crescer aqui uma metrópole tão grande, os arquitetos não teriam projetado, os operários não teriam trabalhado e nada teria sido conseguido”. No fundo, “sem amor, não somos nada”, concluiu.

A celebração da missa incluiu orações e cantos reveladores da variedade étnica e cultural dos católicos de Singapura e muitos fiéis vieram de países vizinhos, incluindo da China continental, para participar nesta celebração histórica.


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