11 set, 2024 - 03:19 • João Pedro Quesado
O Papa Francisco apelou esta quarta-feira aos jovens de Timor-Leste que sejam "herdeiros" da "reconciliação" do país. Este foi o último evento da viagem apostólica do Papa a Timor-Leste - Francisco segue agora para Singapura, onde termina a passagem pelo sudeste asiático.
Num encontro com jovens timorenses no último dia na nação do continente Oceânico, o Santo Padre foi recebido pela versão musical do grito "esta é a juventude do Papa", uma marca da Jornada Mundial da Juventude de 2023, em Lisboa. Frente aos jovens, Francisco lembrou que o Timor-Leste tem "uma história maravilhosa de heroísmo, de fé, de martírio e, sobretudo, de perdão e reconciliação".
"Não esqueçam que são herdeiros de quem vos precedeu. Não percam a memória de que vos precedeu e, com tantos sacrifícios, consolidou esta nação", pediu o Papa Francisco, acrescentando o desejo de que os jovens "sejam herdeiros desta história tão bonita".
O Papa sublinhou que o povo timorense é "um povo que sabe sorrir", e confessou dizer a um bispo "nunca me vou esquecer do vosso sorriso", pedindo que "não deixem de sorrir".
Papa no sudeste Asiático
No final da eucaristia, Francisco reafirmou que o (...)
Com poucos olhares para as folhas que tinha na mão, optando por conversar com os jovens presentes, Francisco pediu que "tenham coragem" e que usem o lema "ódio não, amor e serviço sim" no dia-a-dia.
Sublinhando que "ser livre não significa fazer o que se quer", o Santo Padre alertou para os vícios trazidos pelos "que se dizem vendedores de felicidade, que vendem droga" e "tantas coisas que dão felicidade durante meia hora".
"Se puderem, reconciliem-se", recomendou o Papa, que apontou ainda para a necessidade de "respeitar os idosos" e de defender a "liberdade, compromisso e fraternidade". O outro conselho de Francisco foi o de "fazer barulho", para dar sinal da "vida que têm".
Antes, foram ouvidos quatro testemunhos de jovens ouvidos no centro de convenções. Ilham Mahfot Bazher, muçulmano, pediu ao Papa uma mensagem aos jovens "para serem mais responsáveis no uso das redes sociais" e usá-las para "construir pontes e viver na cultura de tolerância e diálogo entre religiões".