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Visita do Papa a Timor

Cardeal de Timor-Leste: “É um momento histórico. É uma festa do povo, uma festa da Igreja, uma festa da fé”

07 set, 2024 - 22:25 • Pedro Mesquita

Papa Francisco chega a Timor-Leste esta segunda-feira. Apenas dois anos depois de receber o anel cardinalício, D. Virgílio Carmo da Silva diz à Renascença, que a alegria de receber o Papa em Timor não é apenas pessoal. É uma alegria que encontra no rosto de cada timorense.

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D. Virgílio Carmo da Silva: “É um momento histórico. É uma festa do povo, uma festa da Igreja, uma festa da fé”

O cardeal D. Virgílio Carmo da Silva acredita que a visita do Papa ajudará a afirmar ainda mais a fé, a identidade da deste povo e da igreja timorense: “É um momento para acordar mais a igreja local, e os cristãos…um incentivo para que aprofundem a sua fé”.

Nesta entrevista à Renascença, D. Virgílio, o primeiro cardeal de Timor-Leste, sublinha o entusiasmo com que o povo timorense aguarda o Santo Padre.

“Especialmente nestes últimos dias, senti o entusiasmo da parte da parte do povo, não é? Por exemplo, ontem fui visitar os meus fiéis no enclave de Oecusse. O primeiro grupo já chegou a Díli. Vieram de barco, sendo que os barcos são limitados. Para transportarmos mais de dois mil fiéis, tivemos de começar quatro ou cinco dias antes...para consegue levar todos os fiéis. Vieram para Díli, ficam instalados em tendas. Estão contentes, O ambiente é de alegria à espera da vinda do Santo Padre”.

O cardeal timorense revela, por outro lado, aquilo que pretende transmitir ao Papa, quando chegar a Díli: “Quero agradecer ao Papa a coragem de vir até Timor com esta idade, com a saúde que o Papa tem...esta coragem. Quero transmitir a nossa gratidão e, em segundo lugar, dizer que este povo, esta gente, leva mesmo no coração este amor grande ao Santo Padre."

A mensagem que Francisco deixar em Díli irá “enraizar-se no coração dos timorenses”.

D. Virgílio Carmo da Silva ainda recorda a visita de João Paulo II, a Timor, em 1989, “quando os timorenses viviam uma situação de guerra e de perseguição”. Há 35 anos, aquele Papa “encorajou timorenses a serem firmes na sua fé”, e não tem dúvidas de que os timorenses ainda ouvem o eco dessa mensagem.

Da mesma forma, acrescenta D. Virgílio Carmo da Silva: “a palavra do Papa Francisco vai enraizar-se no coração dos Timorenses”.

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