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Papa no Sudeste Asiático

"Não posso ir a Roma mas ele veio juntar-nos a todos". Francisco atravessou o mundo ao encontro das periferias

07 set, 2024 - 16:03 • Aura Miguel , enviada da Renascença a Papua Nova Guiné

O Papa Francisco está este fim-de-semana na Papua Nova Guiné, antes de rumar a Timor, nesta que é uma viagem de 12 dias pelo Sudoeste Asiático.

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Dois missionários e uma religiosa encaram, com gratidão e esperança, a presença do Papa na Papua Nova Guiné. Em declarações à Renascença, enquanto aguardam a chegada de Francisco ao Santuário de Maria Imaculada, sentem-se honrados e confortados com a decisão do Sucessor de Pedro atravessar o mundo ao encontro das periferias.

“A nossa esperança é que esta visita ajude a reforçar a unidade entre nós e a nossa identidade”, diz o padre carmelita Paul Sireh. "Estamos impressionados com a visita do Santo Padre, por ter vindo a esta periferia e ter pensado em nós”. Natural da Papua Nova Guiné, o sacerdote reconhece que a grande diversidade do seu arquipélago, com mais de 865 culturas diferentes pode parecer uma coisa complicada, “mas o Espírito de Deus ajuda-nos a reforçar a nossa relação, sem perder a identidade polinésia”, afirmou. "Creio que o Papa, ao vir até cá, reconhece o valor da identidade que vivemos.”

Sentado a seu lado, está o padre Patrick Mclndoe, neozelandês, da Congregação dos Passionistas. “Pessoalmente, espero que esta visita nos encoraje a seguir Cristo. Quando João Paulo II cá esteve, em 1995, participei na missa que ele celebrou no estádio onde agora vai o Papa Francisco”, afirmou.

O sacerdote neozelandês reconhece que hoje, a situação da Igreja está melhor, “porque nessa época, 50% do clero era estrangeiro, mas agora o número de padres autóctones atinge quase os 90%. E, nas comunidades, aumentou o sentido de responsabilidade pelas suas igrejas”. Sobre as maiores dificuldades que essas comunidades enfrentam, o Padre McIndoe refere a falta de trabalho entre os jovens, a droga e o álcool, cujo consumo traz sério danos e dificuldades às famílias. “Mas, ao mesmo tempo, também há por aqui muita bondade e espiritualidade”, acrescentou, com um sorriso.

Num outro sector da igreja, sentada na primeira fila, junto a um corredor por onde o Papa vai passar, está a Irmã Janet Moite, das Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração.

“O Papa na Papua Nova Guiné é, para mim, um grande motivo de alegria. Eu não posso ir a Roma mas ele pôs-se a caminho para vir até aqui e juntar-nos a todos, como acontece numa grande família”, disse a religiosa, natural de Port Moresby. “Ele é o nosso pastor e veio trazer-nos o amor de Deus”.

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