27 ago, 2024 - 16:58 • Aura Miguel
A próxima viagem de 40 mil quilómetros que o Papa vai realizar ao sudeste asiático, entre 2 e 13 de setembro, é “um ato de humildade” e “um ato de obediência à sua missão”, afirma o cardeal Luís António Tagle.
Numa entrevista à agência vaticana Fides, divulgada esta terça-feira, o cardeal filipino e pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização analisa as etapas da mais longa viagem apostólica deste pontificado, que vão levar o Papa à Indonésia, Papua Nova-Guiné e Singapura, onde a presença dos cristãos é geralmente minoritária.
O cardeal Luís António Tagle considera que o encontro com estes “pequenos rebanhos” pode ser importante para toda a Igreja universal e interessar também a todos os que se preocupam com a paz no mundo, pois o Papa é “um símbolo poderoso para a coexistência humana em espírito de fraternidade e para o cuidado com a Criação”.
Situação diferente é a de Timor-Leste, cuja população é maioritariamente católica. Para o cardeal Tagle, é significativo que o Papa visite Díli depois de ter estado na Indonésia: “Dois países que têm uma história de luta e que agora estão em paz. Uma paz frágil, mas que, graças a ambos, parece duradoura”, afirmou.
“Parece-me que a Igreja foi um dos pontos de referência para a população durante a guerra pela independência e o povo de Timor-Leste diz que sua fé em Cristo o sustentou durante os anos de luta pela independência”, disse o cardeal.