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​“O Líbano é um país torturado”, diz o Papa

26 ago, 2024 - 14:44 • Aura Miguel

“A vocação do Líbano é ser uma terra onde coexistam diferentes comunidades", afirmou Francisco numa audiência com familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute, em 2020.

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O Papa Francisco encontrou-se esta segunda-feira manhã com um grupo de familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute, ocorrida há quatro anos. Francisco recordou todos os que sofreram com “aquela terrível explosão” e disse: “ainda rezo, unindo minhas lágrimas às vossas”.

O Santo Padre pediu para o Líbano “verdade e justiça, que ainda não chegou”, reconhecendo que “a questão é complicada e espinhosa porque pesam sobre ela poderes e interesses conflituantes”.

Quatro anos depois da explosão, “o povo libanês tem direito a palavras e ações que demonstrem responsabilidade e transparência”, disse Francisco.

O Papa aproveitou a ocasião para se associar também “à dor de ainda ver, todos os dias, tantas pessoas inocentes morrerem”, devido à guerra naquela região.

“Sentimos e pensamos que o Líbano é um país torturado”, lamenta.

“O Líbano é, e deve continuar a ser, um projeto de paz”, afirmou citando uma Mensagem de São João Paulo II. “A vocação do Líbano é ser uma terra onde coexistam diferentes comunidades, colocando o bem comum acima das vantagens particulares, onde diferentes religiões e confissões se encontrem em fraternidade”, acrescentou Francisco.

O Papa reafirmou a sua proximidade a todo o povo libanês e deixou uma garantia: “Não vos deixaremos sozinhos, permaneceremos solidários convosco através da oração e da caridade concreta”.

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