25 ago, 2024 - 12:50 • Aura Miguel , João Malheiro
O Papa expressou-se contra a proibição de igrejas ortodoxas russas, votada favoravelmente pelo parlamento ucraniano esta semana, defendendo que "nas igrejas não se toca".
Francisco refere que continua a seguir "com dor" os combates na Ucrânia e na Rússia, numa guerra que dura há quase três anos, mas, as normas adotadas esta semana, provocam "receio pela liberdade de quem reza".
"Porque quem reza verdadeiramente reza sempre por todos. Não se comete o mal porque se reza. Se alguém comete um mal contra o seu povo, será culpado por isso, mas não pode ter cometido um mal porque rezou", defende.
Por isso, o Sumo Pontífice pede que se "deixe rezar quem quer rezar naquela que considere ser a sua igreja".
"Por favor, que não seja abolida, direta ou indiretamente, nenhuma igreja cristã", reitera.
O Patriarcado de Moscovo condenou a "proibição ile(...)
O Papa manifestou também solidariedade para "com os milhares de pessoas afetadas pela varíola do macaco que constitui já uma emergência global sanitária".
"Rezo por todas as pessoas contagiadas, especialmente pela população da República Democrática do Congo, tão afetada. Exprimo a minha proximidade às igrejas locais dos países mais atingidos por esta doença", disse.
Francisco visa, ainda os países e as indústrias privadas mais ricas a "partilhar a tecnologia e os tratamentos disponíveis, para que não falte a ninguém a assistência médica adequada".
O Papa lançou ainda um repto "ao amado povo da Nicarágua" para renovar "a sua esperança em Jesus".
"Recordem-se que o Espirito Santo guia sempre a história para projectos mais elevados. Que a Virgem Imaculada vos proteja nos momentos de provação e vos faça sentir a sua ternura materna. Que Nossa Senhora acompanhe o amado povo da Nicarágua", afirmou.