08 ago, 2024 - 13:29 • Redação
O projeto "Olhares Cruzados sobre a população sem-abrigo na Europa", aprovado e financiado pelo Programa Erasmus+, representa um marco significativo no trabalho que é desenvolvido junto das pessoas em situação de sem-abrigo (PSSA).
Este projeto surge no âmbito da atividade da Casa da Rua D. Lopo de Almeida e das necessidades identificadas na população sem-abrigo.
De acordo com informação publicada na página da Misericórdia do Porto, a direção do Departamento de Intervenção Social (DIS), instituição, decidiu incluir outras respostas sociais que também trabalham com PSSA, ou pessoas em situação de vulnerabilidade social. Entre elas, encontra-se o Centro de Alojamento Social - D. Manuel Martins, a Casa de Santo António e o projeto Home4Homeless.
E de acordo com a informação disponibilizada, um dos aspetos centrais do projeto é o job shadowing, que consiste numa troca de experiências e conhecimentos junto das ONGD europeias que atuam com PSSA. As mobilidades aprovadas envolvem ONGD de seis países: Finlândia, Dinamarca, Holanda, Suécia, Itália e Grécia. Pretende-se capacitar as equipas das unidades operacionais identificadas, assim como criar redes de cooperação, melhorar o modelo de intervenção junto das PSSA, capacitar as equipas, partilhar os resultados com a comunidade e ainda potenciar a coesão entre as diferentes equipas da área de risco.
A Santa Casa revela que “este projeto está previsto ocorrer entre 2024 e 2025 e tem dois objetivos macro”. “Primeiro, procura compreender como os países do norte da Europa têm conseguido reduzir o número de PSSA, explorando as políticas e práticas que se mostraram eficazes. Em segundo lugar, pretende investigar como os países do sul da Europa estão a abordar a questão da população migrante em situação de exclusão social, uma problemática crescente e urgente”, acrescenta.
“Ao promover o intercâmbio de conhecimentos numa abordagem humanista, o projeto visa não só a capacitação das equipas envolvidas, mas também a criação de redes de cooperação duradouras. A coesão entre as diferentes equipas que atuam em áreas de risco será fundamental para enfrentar os desafios inerentes ao trabalho com a população sem-abrigo”, remata.