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Tráfico de Pessoas

"Save the Children" denuncia: há 50 milhões de pessoas vítimas das novas formas de escravidão, 12 milhões são menores

01 ago, 2024 - 10:57 • Henrique Cunha

Os números foram avançados pela organização não governamental por ocasião do Dia Internacional Contra o Tráfico de Seres Humanos. Responsável pela organização alerta para "as formas contemporâneas de escravidão".

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A diretora de pesquisa da organização "Save the Chindren", Raffaela Milano, afirma, em declarações à Rádio Vaticano, que “a escravidão moderna é o resultado de crises mundiais” e sugere que “a nossa tarefa é restaurar a confiança das crianças”.

No seu relatório anual intitulado “Pequenos Escravos Invisíveis”, a organização alerta para um fenómeno que é tão grande quanto desconhecido: as formas contemporâneas de escravidão.

De acordo com Raffaela Milano, “desde o trabalho forçado à exploração sexual, passando pelo envolvimento em atividades ilícitas e pelos casamentos forçados, há mais de 50 milhões de pessoas envolvidas nesse fenômeno dramático, 12 milhões das quais são crianças”.

A diretora de pesquisa da !Save the Children! sublinha que “estamos a falar de crianças, meninas e adolescentes envolvidos em formas de exploração que são tão diversas quanto brutais e que, em muitos casos, se sobrepõem umas às outras, destruindo a vida desses jovens em várias frentes". A responsável fala de uma tendência crescente, em que os números aumentam a cada ano, e adianta que factores “como a emergência da Covid, as crises humanitárias, a crise climática e acima de tudo os conflitos regionais e nacionais” contribuíram para “reforçar essas formas de abuso”.

Para reverter a situação, Milano considera que "é necessário dar atenção à questão do investimento dos países na elaboração de políticas de combate à escravidão”.

O relatório enfatiza a forte ligação entre os fluxos migratórios, a falta de canais seguros de migração e o tráfico de pessoas. "A dificuldade de acesso a canais seguros e legais de migração inevitavelmente alimenta o tráfico, já que o migrante é forçado a passar por um stress psicológico e físico grave e também é exposto ao risco de várias formas de exploração nos países de trânsito e de destino. E isso também pode ser visto na Europa", sublinha.

O Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas é assinalado a 30 de julho e pretende alertar para uma das mais graves violações dos direitos humanos.

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