Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

D. Américo Aguiar: “É preciso valorizar os que são novos há mais tempo”

29 jul, 2024 - 10:04 • Olímpia Mairos

No I Encontro de Avós e Netos, realizado no Santuário de Cristo Rei, o bispo de Setúbal advertiu que “não faz sentido nenhum vender a ideia de que os mais velhos são maus para a sociedade”.

A+ / A-
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal
I Encontro de avós e Netos da Diocese de Setúbal. Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal

O Santuário do Cristo Rei, em Almada, acolheu este domingo mais de 200 avós e netos no Encontro de Avós e Netos. O desafio para um encontro de “celebração da vida em família e da importância de avós e netos estarem juntos, partilharem experiências e fazerem, assim, crescer a família no seu todo”, foi lançado pelo bispo de Setúbal, cardeal D. Américo Aguiar.

“Tentámos corresponder ao apelo do Papa Francisco para que este encontro de avós e netos se concretizasse, e de um modo especial no Santuário do Cristo Rei, para colocarmos este encontro no sítio certo, no coração de Jesus”, disse D. Américo Aguiar, mostrando-se muito “satisfeito” com o resultado da iniciativa que, espera, “possa ser uma bonita tradição que nasce no Jubileu da diocese e na antecâmara do Ano Santo”.

Segundo a nota da Diocese de Setúbal, D. Américo Aguiar esteve com os participantes e falou-lhes da importância de ter avós e netos a crescerem juntos.

“Vimos a alegria das famílias, do reencontro, dos avós mais velhos com as famílias, é uma riqueza para a sociedade, para a diocese, é uma riqueza para as famílias”, disse o prelado.

D. Américo Aguiar advertiu que “não podemos criar condições para que as pessoas se sintam um peso, descartadas, abandonadas, pelo contrário, devemos fazer tudo para que filhos, avós, netos, pais, todos os membros da família, nas mais diversas faixas etárias, se sintam, em comunhão, e que ninguém seja peso para ninguém”.

Na eucaristia que encerrou o encontro, D. Américo Aguiar criticou também o tempo “fraturante” que se vive atualmente.

“Andamos a tentar prolongar mais a nossa vida, mas vendemos às novas gerações que o que é bom é ser novo, jovem, viril... e ser velho, ter rugas ou limitações é negativo”, declarou, sublinhando que “não faz sentido nenhum vender a ideia de que os mais velhos são maus para a sociedade”.

Por fim, o bispo de Setúbal defendeu que “é preciso valorizar os que são ‘novos há mais tempo’.

“Uma sociedade que ouve, cuida, trata dos mais velhos é uma sociedade melhor”, assinalou, deixando um desafio a todos os avós presentes.

“Não desistam de nos ensinar a suportarmo-nos uns aos outros na caridade, nem de nos ensinar o milagre da multiplicação, que não tem de ser apenas de dinheiro, mas também daquilo que cada um tem de melhor”, desafiou.

Para o casal responsável pela Pastoral Familiar na diocese de Setúbal - Gonçalo Boavida e Tânia Furtado - o balanço do encontro é “muito positivo”.

“A comunidade respondeu, a diocese esteve presente, tivemos avós com 90 anos, casais com mais de 50 anos de casados”, disse Gonçalo Boavida.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+