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Fátima. 200 mil peregrinos, 338 sacerdotes, 37 bispos e três cardeais na missa

13 mai, 2024 - 11:26 • Aura Miguel , João Malheiro , Olímpia Mairos

Na homilia da Eucaristia conclusiva da peregrinação internacional aniversária, o arcebispo de Barcelona pediu orações pela paz e lembrou os países que “reclamam a paz”. A Renascença transmite a cerimónia em direto na antena.

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Decorre neste momento no Santuário de Fátima a missa final da peregrinação de maio à Cova da Iria, presidida pelo cardeal espanhol Juan José Omella, arcebispo de Barcelona. No local, apurou a Renascença, estão 200 mil peregrinos, 338 sacerdotes, 37 bispos e três cardeais.

Este domingo, e a cerca de 250 mil peregrinos - número divulgado pelo Santuário de Fátima -, entre os quais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o cardeal espanhol aconselhou os fiéis a, perante a Virgem, pedirem "pela paz do mundo e pela conversão dos pecadores".

Na homilia da Eucaristia conclusiva da peregrinação internacional aniversária, o cardeal Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, que falou de improviso aos milhares de peregrinos reunidos na Cova da Iria, pediu orações pela paz.

“Permiti-me que fale de coração hoje aqui para vós. Ao iniciar a procissão olhava o ecrã da televisão e via muita gente a chorar e emocionei-me”, disse o prelado.

“Olhando a Virgem que nos reunia a todos esta manhã emocionei-me e sentia que a Virgem nos convocou a todos. Não viemos aqui por casualidade, ela chamou-nos de mil modos, a cada um de nós, para nos trazer aqui e dizer-nos: escutai o que vos diz o Senhor, meu filho”, acrescentou.

Depois, o presidente da celebração disse que a “segunda coisa que a Virgem nos pede hoje, e nos pede o Evangelho e nos pede Jesus Cristo, é rezar pela paz no mundo”.

“Quantos países estão em guerra, quantas famílias estão em guerra, quantos corações estão divididos e em guerra. Peçamos a paz”, disse.

Lembrando que o Papa Francisco fala muitas vezes de uma terceira guerra mundial por fases, por etapas, D. Juan José Omella insistiu na necessidade de orações pela paz.

"Rezemos pela paz no mundo, na Ucrânia, na Rússia, na Terra Santa, em África, na América, na Ásia… Tantos países necessitam e reclamam a paz", pediu.

“O mundo arde em muitos lados”, reconheceu o cardeal Juan Jose Omella na homilia que escreveu para a celebração deste 13 de maio, mas que optou por não a ler.

“Além disso, o nosso coração está ferido e, por vezes, sucumbe à tentação e ao pecado que provocam a divisão no seio das nossas famílias e ambientes sociais, que nos afastam de Deus e apagam a nossa esperança, que conspurcam a nossa alma e nos roubam a alegria”, apontou.

Nesta reflexão, o arcebispo de Barcelona interrogou-se: “Que podemos fazer diante deste mundo que caminha perdido? Que podemos fazer para pôr fim às guerras na Ucrânia, na Terra Santa e em tantos outros lugares de África e do mundo? Que podemos fazer para que as pessoas recuperem a alegria e a esperança? A Virgem Maria, em Fátima, deu-nos a resposta".

Para o arcebispo de Barcelona, “trava-se um duro combate espiritual contra as forças do mal que resistem a Deus e ao seu plano. E Maria veio para nos dizer que nos devemos juntar a este combate, unir-nos a Deus, aos anjos, aos santos, oferecendo as nossas vidas pela salvação da humanidade”.

D. José Ornelas apela à paz na Ucrânia e na Terra Santa

Também o bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, nas palavras finais que dirigiu aos fiéis apelou à paz na Ucrânia e na Terra Santa.

“Paz para a Ucrânia, aquela cruel guerra que já dura há tanto tempo, paz para a Terra de Jesus, a Palestina, onde são mais de 35.000 pessoas já perderam a vida e a maioria - escândalo dos escândalos - crianças e mães que não sabem o que fazer para ajudar e manter em vida os seus filhos”, disse.

“E o pior de tudo, que não se pode admitir, é proibir que chegue a ajuda alimentar necessária a mais de um milhão de pessoas que estão a morrer de fome”, alertou.

“Daqui, da Cova da Iria, apelo, apelamos à paz. É inconcebível para o Coração de Deus; é inconcebível para um coração humano que isto esteja a acontecer no nosso mundo”, conclui.

A Renascença transmite a cerimónia em direto na antena.

Acompanhe em direto

[Notícia atualizada às 13h02 de 13 de maio de 2024]

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