10 mai, 2024 - 13:54 • Isabel Pacheco
O arcebispo-primaz de Braga, D. José Cordeiro, espera do governo políticas mais amigas da família e da natalidade, argumentando que Portugal precisa de uma revolução demográfica.
“Faltam políticas mais amigas da família, mais amigas da natalidade, isto é, da demografia, no sentido integral da palavra, para que a vida, a abertura à vida, o desenvolvimento humano integral se faça com a harmonia”, disse D. José Cordeiro em Cabeceiras de Basto, esta sexta-feira, à margem de um encontro, promovido pela Arquidiocese, sobre “Inteligência Artificial”.
D. José Cordeiro sublinhou que “já estamos a pagar os custos" da perda demográfica e disse esperar "deste” ou “de qualquer governo” um trabalho que permita superar o problema.
“De modo especial, Portugal reclama por essa primavera demográfica”, vincou.
O apelo de D. José depois de o Papa Francisco ter pedido, esta sexta-feira, durante os “Estados Gerais da Natalidade” no Vaticano, políticas de natalidade mais eficazes na Europa.
Na intervenção feira durante o encontro de Cabeceiras de Basto, o arcebispo-primaz de Braga alertou para os perigos da manipulação e das desigualdades sociais provocados pela Inteligência Artificial.
D. José Cordeiro reconheceu que a revolução digital pode trazer muitas oportunidades, mas pediu que o homem não perca o rumo do “bem comum”.
“ A Inteligência Artificial traz consigo, também, o perigo da manipulação, das desigualdades sociais, do uso para a guerra, para o mal”, apontou D. José, defendendo que “deve ser a responsabilidade de quem tem autoridade e o poder de decisão de não permitir que seja usado para o mal dos humanos, mas para o bem”.
A “Inteligência artificial e a Sabedoria do Coração” é o tema da mensagem do Papa Francisco para o 58º Dia Mundial das Comunicações Sociais que se assinala no domingo.