28 abr, 2024 - 08:33 • Henrique Cunha
As Romarias de São Miguel querem ser Património da Unesco, mas, para isso, a Direção Geral do Património tem de dar luz verde ao processo. Este é um passo indispensável para que esta tradição secular religiosa venha a ser candidata a Património Imaterial da Unesco.
João Carlos Leite, o presidente do grupo coordenador do Movimento, revelou à Renascença o seu otimismo em relação ao processo de candidatura. O romeiro diz que “esta é uma manifestação de cariz religioso e cultural única” e assegura que o dossier enviado à Direção-Geral do Património “em termos de conteúdo está excelente”. João Carlos Leite tem a esperança de que “o projeto vai ser registado no património cultural e imaterial da Unesco”.
As tradicionais romarias da Quaresma tiveram origem na sequência de terramotos e erupções vulcânicas ocorridas no século XVI na ilha de São Miguel, que arrasaram Vila Franca do Campo e causaram grande destruição na Ribeira Grande, segundo a tradição.
Depois de um período de alguma contenção por causa da pandemia, a Romaria Quaresmal deste ano voltou a contar com um número de participantes próximo daquele que se registava antes da pandemia de Covid-19, e, de acordo com João Carlos Leite, o bispo diocesano também já é um entusiasta desta tradição. “D. Armando também está profundamente envolvido connosco e participa em alguns dos nossos encontros”, relata o responsável.
De acordo com o presidente do grupo coordenador do Movimento dos Romeiros de São Miguel, “este ano saíram 53 ranchos”, o que “nos aproxima da nossa atividade normal antes da pandemia”.
“Este ano foram 1943 romeiros que realizamos as Romarias Quaresmais”, revela.