01 jan, 2024 - 13:10 • Sérgio Costa , João Pedro Quesado com Lusa
O Patriarca de Lisboa apelou, esta segunda-feira, ao fim da conflitualidade entre partidos e instituições, que considera "fundamentais" para a vida do país. D. Rui Valério presidiu à missa da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e do Dia Mundial da Paz na igreja de Cristo-Rei da Portela, em Loures.
D. Rui Valério fez uma referência especial à crispação no país, no âmbito de um apelo à paz que foi transversal vários domínios.
"Invoquemos a paz também nas famílias, a paz entre culturas, entre religiões, entre partidos e até entre instituições. Que cesse mesmo o clima e ambiente de crispação que nos últimos tempos tem caracterizado a abordagem a instituições, algumas delas fundamentais à vida do país", pediu o Patriarca de Lisboa.
D. Rui Valério destacou o exemplo de Maria, defendendo que "juntou dimensões tão distintas e contrastantes como o céu e a terra", demonstrando ser "possível estabelecer a harmonia de realidades diferentes e instaurar a paz entre todos os povos".
O Patriarca de Lisboa realçou que a paz "também é obra de excelência dos filhos de Deus".
"O grito das vítimas aos senhores da guerra só já pede uma coisa: parem, deixem de servir a morte, não sejam fazedores de sofrimento", acrescentou, pedindo também que cesse o clima de crispação que tem marcado, nos últimos tempos, a abordagem a instituições.
D. Rui Valério deixou ainda umas palavras relativamente ao uso da Inteligência Artificial, uma realidade já preponderante na sociedade atual, recordando que a ciência deve ser fator de promoção de paz. "Que não se coloque as suas imensas potencialidades ao serviço da guerra", vincou.