12 dez, 2023 - 08:08 • Olímpia Mairos
O bispo da Diocese de Viana do Castelo diz na sua mensagem natalícia que este tempo de Natal é um forte apelo à convivência pacifica entre todos os povos e pessoas.
“É importante que a mensagem proclamada pelos Anjos na primeira hora e hoje continuada no anúncio do nascimento de Jesus de Nazaré «Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens que Ele ama» continue a ecoar e a despertar os corações para a edificação de uma civilização do amor onde a paz seja profunda e duradoira”, escreve.
Segundo D. João Lavrador, nesta época, “teremos forçosamente de sentir a angústia pela guerra espalhada por todos os continentes, mas mais visualizada na Europa e no Médio Oriente, mas igualmente somos convidados, todos, a contribuirmos para criar as condições para a Paz, pela justiça, pelo bem, pela verdade e pelo amor”.
O bispo da Diocese de Viana do Castelo considera ainda que celebrar o Natal, no contexto da cultura atual, “interpela a sensatez da pessoa humana a pensar-se a si mesma, na verdade do seu ser e na busca autêntica da sua realização, indagando para si e para as gerações futuras o sentido pleno da existência humana”.
“O homem, peregrino da verdade, do bem e do amor, não lhe é permitido que coloque de parte não só a razão, mas sobretudo todas as capacidades pessoais para a descoberta dos fundamentos da sua vida”, sinaliza D. João Lavrador, assinalando que “nesta busca, tantas vezes árdua, certamente encontra-se com a Pessoa de Jesus de Nazaré, que na Sua Encarnação responde de maneira única às grandes interrogações que se lhe colocam”.
O prelado pede, na sua mensagem natalícia, que “façamos deste tempo de Advento e da celebração do Natal, a verdadeira descoberta de Jesus Cristo que traz a beleza, a alegria e a esperança à humanidade porque oferece o amor infinito de Deus Pai e Criador a todos os Seus filhos”.
O bispo de Viana do Castelo desafia ainda à celebração do Natal, convidando “à alegria e à esperança, no meio de uma sociedade com muitas interrogações e frustrações, desespero e desencanto”.
“Quando a humanidade se afasta de Deus, fica à mercê de si mesma. O horizonte é tão só onde a pode levar a inteligência humana tantas vezes pervertida por interesses individuais ou de grupos”, nota.
Para D. João Lavrador, retomar a esperança, “essa esperança maior digna do ser humano, exige abrir as portas do ser a Jesus de Nazaré que toma a iniciativa de vir ao nosso encontro para nos convocar para a comunidade, para a partilha e para a comunhão”.
“Viver a esperança e a alegria, exige lançar o nosso olhar aos que são os mais marginalizados e pobres, os migrantes e os órfãos, os que vivem na solidão e desamparados, para lhes oferecer de nós o que eles não recebem da sociedade”, aponta.