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Bispos da Costa Rica alertam para onda de violência e pedem que se acabe com a tragédia

10 fev, 2023 - 10:48 • Olímpia Mairos

Segundo a conferência episcopal, só em janeiro registou-se “o número alarmante e doloroso de 73 homicídios, número nunca antes visto no país, tornando-o o mês mais violento da história”.

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A Conferência Episcopal da Costa Rica (Cecor) alerta para a onda de violência no país e pede ao Governo que adote medidas concretas para pôr fim à “tragédia que enche de dor as famílias”.

“Com profunda tristeza, observamos como o número de homicídios aumentou na Costa Rica nos últimos anos, atingindo níveis históricos no ano de 2022, com uma taxa de 12,6 por 100.000 habitantes, bem acima dos 10 por 100.000 habitantes que o 'World Health Organização’ estabelece homicídio como epidemia”, lê-se na mensagem da Cecor.

Segundo os bispos, só em janeiro registou-se “o número alarmante e doloroso de 73 homicídios, número nunca antes visto no país, tornando-o o mês mais violento da nossa história”.

Neste contexto, a conferência episcopal pede “veementemente a todas as autoridades nacionais que tomem ações concretas para acabar com esta tragédia, que enche de dor as nossas famílias”.

“Pedimos um diálogo sério e concreto que permita tomar decisões para combater este mal que nos atinge a todos”, indicam, acrescentando que “devemos ter em mente que o fenómeno requer uma resposta global, não apenas policial”.

“Neste sentido, importa continuar a lutar contra as desigualdades sociais, procurando fortalecer a solidariedade e o amor pelos mais necessitados. Também exortamos a sociedade a não perder o sentido do valor e do dom sagrado da vida, apesar dos relatos de morte que mancham o nosso cotidiano. Não podemos e não nos devemos acostumar com a violência”, defendem.

Na mensagem os bispos apelam ao “trabalho pela paz, pela fraternidade, pela unidade e pelo bem comum” e pedem “sobretudo à classe política, para que faça prevalecer o respeito, sobretudo para com a sociedade”.

“Para que se deixem de lado os discursos violentos e se recupere o rosto de paz e da justiça social que caracterizou a Costa Rica por muitas décadas, especialmente no respeito às instituições”, conclui a mensagem.

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