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Guerra na Ucrânia

​Crianças pela paz escrevem aos primeiros-ministros

19 jan, 2023 - 21:19 • Ângela Roque

Campanha "KidsAction4Peace" envolve crianças dos seis anos aos 12 anos, de vários países, que apelam ao fim da guerra na Ucrânia. Iniciativa do movimento católico Focolares está a decorrer também em Portugal. As cartas podem ser enviadas até 30 de janeiro, Dia Escolar da Não Violência e da Paz, a tempo de chegarem aos destinatários antes do Conselho Europeu de fevereiro.

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“Como é que podemos ajudar os nossos amigos que estão no meio da guerra?” A pergunta feita a crianças portuguesas, italianas e belgas, ligadas ao movimento dos Focolares, fez nascer a ideia: escrever aos chefes de governo dos respetivos países, cartas com um desenho ou um poema que fale da paz. “É um gesto de cidadania muito importante”, diz à Renascença Michela Vaz Patto, uma das dinamizadoras da campanha em Portugal.

“As crianças sentiram que não faz sentido continuar esta guerra e toda esta destruição, e lembraram-se de criar esta iniciativa, com os amigos, colegas e primos, de fazerem chegar aos vários primeiros-ministros um gesto, que pode ser um desenho ou uma poesia, por carta, num sinal de que é necessário mudar alguma coisa”, sublinha.

No caso de Michela, dá catequese a um grupo que também está a participar na campanha. “Ainda há pouco fui pôr no correio as cartas que ontem concluímos”. Foram 12, “umas com desenhos muito negros, mas com uma luz ao fundo, em que se vê uma esperança e muitos corações! Mas, sobretudo as frases que escreveram, 'nós precisamos da paz'… É engraçado dizerem isto, que estamos num país onde não há guerra. Há uma consciência da realidade”.

A campanha #KidsAction4Peace - em português “ação das crianças pela paz” – envolve jovens em idade escolar, dos seis aos 12 anos, e tem vindo a crescer progressivamente. “Amigas minhas a quem tenho divulgado, todas estão a fazer a sua parte, e até uma sobrinha que vive na Suécia, professora numa escola internacional, disse que também vai aderir”, conta Michela. Para além disso, um dos desafios é que cada um dos participantes convide “pelo menos mais cinco amigos” a fazer o mesmo.

Um vídeo da campanha explica os objetivos e como fazer. O ideal é que as cartas sejam enviadas até 30 de janeiro, a tempo do próximo Conselho Europeu marcado de 9 e 10 de fevereiro, e que vai reunir os chefes de estado e de governo da União Europeia. “Sim, a ideia é ser até ao fim deste mês, porque vai haver uma reunião em fevereiro e gostaríamos que os primeiros-ministros fossem inundados de cartas até lá. Pode causar algum impacto”.

Por outro lado, 30 de janeiro é o Dia Escolar da Não Violência e da Paz, por ter sido o dia em que morreu Mahatma Gandhi, e “enviar as cartas até esse dia, é uma boa forma de o assinalar”.

No caso de Portugal, as cartas deverão ser dirigidas ao primeiro-ministro, António Costa (Presidência do Conselho de Ministros, R. Prof. Gomes Teixeira 2, 1350-249 Lisboa). Mas, cada criança pode escrever, também, aos governantes de outros países além do seu. O que importa, sublinha Michela Vaz Patto, “é fazer crescer esta onda pela paz.

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