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Setúbal. Cristãos organizam Vigília pela nomeação de novo bispo

17 jan, 2023 - 16:17 • Ângela Roque

“Que seja alguém capaz de ler os sinais dos tempos”, diz à Renascença um dos organizadores da iniciativa marcada para 20 de janeiro, dia em que faria anos o primeiro bispo de Setúbal, D. Manuel Martins. A diocese vai acolher peregrinos na JMJ 2023, mas está em sede vacante há quase um ano.

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Um grupo de católicos de Setúbal marcou, para a próxima sexta-feira, uma vigília de oração pela nomeação de um novo bispo para a diocese. A data não foi escolhida ao acaso: dia 20 assinalam-se os 96 anos do nascimento de D. Manuel Martins, que foi o primeiro bispo de Setúbal.

“Esperamos ansiosamente pela vinda de um bispo, capaz de ler os sinais dos tempos para entender bem a realidade da nossa diocese, que tem alguma complexidade. Então, juntamos esses dois aspetos - por um lado, homenageamos D. Manuel Martins e rezamos também por ele e, simultaneamente, pedimos ao Senhor um bispo, que venha rapidamente”, disse à Renascença António Soares.

O presidente do conselho fiscal da Cáritas diocesana de Setúbal é um dos promotores da vigília, que vai decorrer na Capela do Carmo, e na qual irá participar o administrador diocesano, padre José Lobato. “Pedimos o seu apoio e ele estará presente na sessão”, confirma.

Setúbal sem bispo há quase um ano

António Soares não quer falar em “mau estar”, mas admite que não é fácil aceitar que uma diocese como Setúbal, que até vai acolher peregrinos durante a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, em agosto, esteja sem bispo titular há quase um ano, desde que D. José Ornelas foi transferido para Leiria-Fátima.


“Sentimos essa necessidade, claro que sim. Como sabe os tempos são difíceis. As coisas, hoje, não são fáceis e precisamos de ter uma Igreja viva, participada, com um bispo ativo. É isso que falta: há carência, não digo mau estar, mas sentimos essa falta”, afirma.

Lembrando que Setúbal “é uma diocese grande, com um tecido empresarial muito característico e uma população muito própria”, o responsável considera fundamental que o futuro bispo seja um homem de ação.

“Temos de ter uma Igreja, como diz o Papa Francisco, muito na rua, muito atenta às problemáticas, por isso é que dizemos que queremos um bispo que saiba ler bem os sinais dos tempos, para depois ter uma ação pastoral eficaz com os cristãos - padres, leigos, connosco todos. Um bispo que conheça, ou procure conhecer a diocese, e seja capaz de refletir com todos. É isso que queremos”.

O ideal, refere ainda, seria ter um novo bispo a tempo da Jornada Mundial da Juventude. “Esperemos que sim, porque ajudaria a preparar melhor. Embora neste momento já estejam a decorrer trabalhos, reflexões. Somos uma diocese muito perto de Lisboa e já estamos a preparar o acolhimento para quem vem de fora e a mobilizar muitos jovens para a JMJ, mas a vinda de um bispo tornaria as coisas muito mais eficazes, aceleraria”.

António Soares lembra que a iniciativa de oração por um novo bispo começou logo após a saída de D. José Ornelas. “Todos os domingos, nas eucaristias, na oração dos fiéis, esta é uma intenção que está sempre presente e é comum a toda a diocese”.

De resto, a oração pode ser consultada no site da diocese https://diocese-setubal.pt/2022/04/13/sede-vacante-oracao-pela-eleicao-do-bispo-diocesano/).

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