29 dez, 2022 - 16:09
A sociedade deve olhar a realidade sem a mascarar, apela a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).
Numa nota sobre a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, a CNJP afirma que “os desafios que enfrentamos enquanto humanidade só poderão ser verdadeiramente respondidos se tivermos a coragem de olhar a realidade sem a mascarar-mos”.
A CNJP considera também que não nos podemos “deixar aprisionar” por essa realidade.
Acompanhando os votos formulados pelo Papa Francisco, a CNJP “interpela os nossos governantes e políticos, os responsáveis das empresas e organizações, os líderes das comunidades religiosas e todos os homens e mulheres de boa vontade a que juntos sejamos construtores da paz e da esperança, de modo a construir, dia após dia, um ano mais justo e mais fraterno, um ano feliz”.
Na nota, a Comissão sublinha que “as várias crises morais, sociais, políticas e económicas que estamos a viver encontram-se todas interligadas, exigindo também respostas globais”.
Adianta que, tal como refere a linha de reflexão do Papa, “não nos parece ser possível a edificação do futuro a partir do individualismo e do egoísmo”.
“Só juntos, na fraternidade e na solidariedade, seremos capazes de edificar a paz e a esperança, possibilitando superar os acontecimentos mais dolorosos”, acrescenta.
A CNJP entende que a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz “é uma mensagem de esperança que não ignora a realidade, com uma guerra na Europa” e que reforça a “ideia de que ninguém se salva sozinho”.
Com o título “Juntos na Construção da Paz e da Esperança”, a nota da CNJP diz que devemos ter “bem presente a situação pandémica e as consequências que ainda estamos a sofrer, bem como a guerra que se instalou na Ucrânia” e adianta que a mensagem de Francisco nos convida “a que permaneçamos firmes com os pés e o coração bem assentes na terra, sendo capazes dum olhar atento sobre a realidade e os factos da história”.
Depois, a Comissão Nacional Justiça e Paz refere que “apesar dos acontecimentos da nossa existência apareceram tão trágicos, somos chamados a manter o coração aberto à esperança, confiados em Deus que Se faz presente, nos acompanha com ternura, apoia os nossos esforços e sobretudo orienta o nosso caminho”.