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Igrejas europeias apelam à UE para intervir no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão

16 set, 2022 - 10:40 • Olímpia Mairos , com Lusa

Pelo menos 135 militares arménios foram mortos esta semana durante os piores confrontos na fronteira com o Azerbaijão desde a guerra em 2020. Até agora foram registados mais de 200 mortos em ambos os lados.

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A Conferência das Igrejas Europeias está preocupada com o “renovado conflito entre a Arménia e o Azerbaijão, desencadeado a 12 de setembro”, e apela à União Europeia para implementar todos os esforços no sentido de “evitar uma maior escalada e restabelecer um cessar-fogo favorável à busca de uma paz duradoura”.

Em carta enviada a Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, as Igrejas pedem um maior empenho da UE no sentido de “garantir a todas as pessoas que vivem na região a proteção e o gozo dos direitos humanos”.

Já no dia 13 de setembro, o Conselho Ecuménico de Igrejas (CMI) tinha lançado um apelo conjunto com vista ao cessar das hostilidades entre as forças do Azerbaijão e da Arménia, instando ao diálogo para resolver as inúmeras questões não resolvidas após o conflito de dois anos.

As Igrejas também recorreram ao presidente da OCDE, Zbigniew Rau, a quem pediram que faça “todo o possível para evitar qualquer abuso cínico da atual situação geopolítica”.

Às comunidades religiosas é pedido um maior envolvimento no processo de busca de uma reconciliação duradoura.

Mais de 200 mortos em ambos os lados

Segundo um novo balanço feito esta sexta-feira pelo primeiro-ministro arménio Nikol Pashinyan, pelo menos 135 militares arménios foram mortos esta semana durante os piores confrontos na fronteira com o Azerbaijão desde a guerra em 2020,

“Para já, o número de mortos é de 135. Infelizmente, este não é o número final. Também há muitos feridos”, disse Pashinyan numa reunião do Governo.

Até agora foram registados mais de 200 mortos em ambos os lados.

Os confrontos, que eclodiram durante a madrugada de terça-feira, são os mais intensos desde a guerra de 2020, em que a Arménia saiu derrotada, num conflito que matou mais de 6.500 pessoas.

Os dois países estão em conflito há várias décadas por causa da região de Nagorno-Karabakh, que faz parte do Azerbaijão, mas que está sob controlo de forças de etnia arménia apoiadas por Erevan desde que uma guerra separatista terminou, em 1994.

O Azerbaijão recuperou grandes áreas de Nagorno-Karabakh e territórios adjacentes mantidos pelas forças arménias numa outra guerra, que decorreu durante seis semanas, em 2020, provocando então a morte de mais de 6.600 pessoas. Este novo episódio do confronto histórico entre os dois países acabaria após um acordo de paz mediado pela Rússia.

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