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“Por favor, não se usem os cereais como arma de guerra”, pede o Papa

01 jun, 2022 - 09:36 • Henrique Cunha , Olímpia Mairos

Na audiência semanal, Francisco recordou a oração a que presidiu na terça-feira, pela paz no mundo, em ligação a vários santuários internacionais, incluindo Fátima.

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O Papa Francisco mostra-se muito preocupado com o bloqueio à exportação de cereais por causa da guerra.

No final da audiência pública desta quarta-feira, Francisco voltou a insistir num apelo a um esforço para resolver os problemas e garantir o direito universal à alimentação, afirmando que “desperta grande preocupação o bloqueio à exportação de cereais da Ucrânia de que depende a vida de milhões de pessoas. Especialmente dos países mais pobres”.

“Renovo um premente apelo para que faça um esforço para resolver tais questões e para garantir o direito humano universal à alimentação. Por favor, não se usem os cereais, alimento de base como arma de guerra”, pediu.

O bloqueio da Rússia às exportações de cereais nos portos do Mar negro e de Azov provocou um aumento dos preços à escala mundial.

Antes, e quando se dirigia aos fiéis de língua portuguesa, o Papa já tinha insistido na suplica pela paz, quando invocou a oração de ontem do Rosário pela paz que o ligou a vários santuários internacionais, incluindo Fátima.

“Ontem, no encerramento do mês de maio, elevámos a Nossa Senhora, Mãe de Jesus, a nossa insistente súplica pela paz. Permaneçamos unidos a Ela, à espera de um novo Pentecostes, pedindo que o dom do Espírito Santo nos faça descobrir sendas de diálogo e unidade”, pediu o Papa.

“Confio-vos à proteção materna da Virgem Maria e, de coração, vos abençoo”, acrescentou Francisco.

Durante a audiência, o Papa voltou a criticar a cultura do descarte e a marginalização dos idosos, lembrando que “tais crueldades também acontecem nas famílias”.

“Tais crueldades também acontecem nas famílias. Isto é grave, mas sucede. Os idosos são descartados, abandonados nas casas de repouso, sem que os filhos os vão visitar, ou se vão, vão muito poucas vezes ao ano. Os idosos são colocados ao canto da existência. E isto sucede hoje, sucede nas famílias, sucede sempre. Devemos refletir sobre isto”, alertou.

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