22 mai, 2022 - 12:43 • Fátima Casanova , Aura Miguel
O Papa pediu, este domingo, que a Igreja Católica na China possa viver em liberdade e tranquilidade.
O apelo foi feito a partir do Vaticano. Francisco defendeu que os católicos possam professar livremente a sua fé e, assim, contribuir para o progresso daquele país asiático.
"Que a Igreja na China, em liberdade e tranquilidade, possa viver em comunhão efetiva com a Igreja universal e exercitar a sua missão de anúncio do Evangelho a todos, oferecendo assim também um contributo positivo para o progresso espiritual e material da sociedade", declarou o Papa, depois da oração do Regina Coeli.
Francisco convidou à oração pela China, sobretudo na próxima terça-feira, dia 24 de maio, festa de Maria, auxílio dos cristãos, venerada como padroeira no Santuário de Sheshan, em Xangai.
“Tudo isto parte o coração”, desabafou o arcebispo(...)
Um apelo feito poucos dias depois de as autoridades chinesas terem detido o cardeal Zen, bispo emérito de Hong Kong, que foi acusado de estar concertado com forças estrangeiras, por administrar um fundo para apoiar manifestantes pró-democracia.
Perante os milhares de peregrinos que ocorreram à Praça de S. Pedro, Francisco voltou a condenar a violência.
"Perguntemo-nos se, nos lugares onde vivemos, nós, discípulos de Jesus, nos comportamos assim: aliviamos as tensões, acabamos com os conflitos? Estamos também em atrito com alguém, sempre prontos a reagir, a explodir, ou sabemos responder com a não violência, com palavras de paz? Como é que eu reajo? Cada um se interrogue", apelou.
O Papa salientou que "quanto mais sentimos que o coração está agitado, quanto mais sentimos nervosismo, intolerância, raiva dentro de nós, mais devemos pedir ao Senhor o Espírito de paz".
“A guerra é sempre uma derrota para a humanidade”,(...)
Peçamos também para aqueles que vivem ao nosso lado, para aqueles que encontramos todos os dias e para os líderes das nações", disse.
Francisco agradeceu, ainda, aos que defendem a vida humana e o direito à objeção de consciência:
“Infelizmente, nos últimos anos, houve uma mudança da mentalidade comum e hoje somos levados a pensar, cada vez mais, que a vida é um bem totalmente ao nosso dispor que podemos optar por manipular, fazer nascer ou morrer segundo o nosso agrado, como êxito exclusivo de uma escolha individual. Recordemos que a vida é um dom de Deus. É sempre sagrada e inviolável e que não podemos calar a voz da consciência."