17 mai, 2022 - 17:47 • Ana Lisboa
A Comissão Episcopal do Laicado e Família escreveu uma mensagem para o Dia dos Irmãos intitulada "Da fraternidade na família para a fraternidade no mundo".
A nota afirma que podemos "pensar que é só mais um entre tantos dias internacionais, ou podemos aproveitar para lhe dar o sentido que tem. Para agradecer e valorizar aquilo que nos foi dado sem termos pedido e que tanto trouxe à nossa vida: os nossos irmãos".
É com eles que "criamos memórias de infância e vivências de adulto. Que tanto nos conhecem por fora e com quem estamos tão fatalmente ligados por dentro. Com quem discutimos e partilhamos, acusamos e abraçamos, invejamos e rimos, choramos e lembramos".
Dizem os bispos que "a certeza do amor que se vive entre irmãos pode ser um belíssimo testemunho da Verdade. A verdade que encontramos no perdão e na paz".
Com os irmãos aprendemos a "amar incondicionalmente aqueles que não escolhemos", a "acolher as qualidades e, principalmente, os defeitos de cada um", a "crescer com sentido de partilha" e a "respeitar".
E pergunta a Comissão Episcopal "o que colhemos?" E os bispos dizem que é "a arte de sabermos estar no mundo", porque, explicam, "aquilo que começa em casa, de forma gratuita e inconsciente, levamos para o mundo".
A mensagem da CELF acrescenta que "é tanto o que aprendemos. A dar, a abdicar, a partilhar, a cuidar, a ser cuidado, a respeitar".
"Aprendemos com os irmãos a pôr à nossa frente o que querem os outros. E isto é escola. sem manuais, nem cadernos, mas com a vida: a nossa e a dos outros. Porque nos traz ao dia-a-dia a aprendizagem de fazermos aos outros o que gostamos que nos façam a nós".
Diz ainda esta nota que "ter irmãos ensina-nos a viver a caridade. A viver o amor como um serviço".
Os bispos recordam palavras do Papa na Exortação Apostólica 'Alegria do Evangelho' em que escreve que "é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo. A partir desta primeira experiência de fraternidade, alimentada pelos afetos e pela educação familiar, o estilo da fraternidade irradia-se como uma promessa sobre a sociedade inteira".
A concluir, a mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família afirma que "viver e aprender com os irmãos transforma cada um de nós e, cada um de nós, transforma o mundo".
"Quando aceitarmos de Deus o dom, não só de ter irmãos, mas de amar os irmãos, não mais haverá guerra, nem destruição. Porque todos nos sentiremos chamados a cuidar, amar e proteger-nos uns aos outros", sublinham os bispos.