16 mai, 2022 - 14:07 • Aura Miguel
“Somos chamados a viver o encontro político como um encontro fraterno, especialmente com aqueles que estão menos de acordo connosco”, disse esta segunda-feira o Papa.
Francisco falava num encontro com membros da fraternidade “Chemin Neuf” empenhada na construção do bem comum e presente em bairros pobres, sobretudo na zona periférica de Paris,
O Santo Padre convidou ao diálogo com cada um, encarando-o “como um verdadeiro irmão, um filho amado de Deus” o que, por vezes, implica "uma mudança de olhar sobre o outro" e "um acolhimento incondicional e respeito à sua pessoa, sobretudo, para com os que não concordam connosco.”
Francisco insiste no ponto de partida: “se essa mudança de coração não ocorrer, a política corre o risco de se transformar em um confronto muitas vezes violento para fazer triunfar as próprias ideias, em busca de interesses particulares e não do bem comum. Não se pode fazer política com a ideologia”.
E acrescentou: “Como cristãos, entendemos que a política, assim como através dos encontros, se faz com uma reflexão comum, em busca desse bem geral, e não simplesmente com o confronto de interesses conflitantes e muitas vezes opostos”.