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“Não percam a esperança na paz para a Ucrânia”, pede o Papa

08 mai, 2022 - 13:01 • Aura Miguel , Marta Grosso , Ecclesia

Na Praça de São Pedro, Francisco saudou um grupo de refugiados ucranianos e evocou as vítimas da explosão no Hotel Saratoga, em Havana (Cuba). O Papa O Papa convidou ainda à redescoberta do diálogo e da escuta, permitindo que o outro possa falar “até ao fim”.

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O Papa pediu neste domingo aos responsável políticos que não percam a esperança na paz para a Ucrânia. Lembrando que não é com o uso das armas que a paz é alcançada, Francisco pediu a oração para todos os que sofrem na guerra.

“Espiritualmente ajoelhado-me diante da Virgem, confio-lhe o ardente desejo de paz de tantas populações que, em várias partes do mundo, sofrem a insensata desgraça da guerra. À Virgem Santa apresento, em particular, os sofrimentos e as lágrimas do povo ucraniano”, afirmou.

“Perante a loucura da guerra, continuemos, por favor, a rezar todos os dias o terço pela paz. E rezemos pelos responsáveis das nações, para que não percam o sentir das pessoas que querem a paz e que bem sabem que as armas nunca o podem garantir”, apelou após a recitação da oração pascal do “Regina Coeli”, a partir da janela do apartamento pontifício.

Francisco falava aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, associando-se à peregrinação pela paz dos católicos italianos ao Santuário de Pompeia.

Na mesma ocasião, o Papa pediu também a oração para todas as vítimas da explosão no hotel da capital cubana, que fez quase 30 vítimas mortais. “Que Cristo as guie até à casa do pai”, disse, pedindo também apoio para os familiares das vítimas.

Redescobrir a capacidade de “escutar”

Nbeste domingo, o Papa convidou à redescoberta do diálogo e da escuta, permitindo que o outro possa falar “até ao fim”.

“Não há escuta – este é um dos males do nosso tempo”, disse, considerando que as pessoas estão “sobrecarregadas pelas palavras e pela pressa de sempre ter de dizer e fazer alguma coisa”.

Por isso, Francisco convidou a escutar até ao fim, a deixar que “o outro se exprima, na família, na escola, no trabalho, até mesmo na Igreja”.

“Para o Senhor é necessário, antes de tudo, escutar. Ele é a Palavra do Pai e o cristão é filho da escuta, chamado a viver com a Palavra de Deus ao alcance da mão”, disse, acrescentando: “Perguntemo-nos se somos filhos da escuta, se encontramos tempo para a Palavra de Deus, se damos espaço e atenção aos irmãos e irmãs, se sabemos ouvir, que o outro se exprima até ao fim, sem o interromper”.

Numa reflexão sobre três verbos – “Escutar, conhecer e seguir” – o Papa destacou ainda a proximidade de Deus, o “Bom Pastor” que “conhece as suas ovelhas”.

“Isto não significa apenas que ele sabe muitas coisas sobre nós. Conhecer, no sentido bíblico, significa amar”, precisou.

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