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reportagem nos caminhos de fátima

“As pessoas estão com muita sede de ir a Fátima a pé"

05 mai, 2022 - 16:00 • Isabel Pacheco

Apesar do fim das restrições, a evolução da Covid-19 continua a ser uma preocupação entre os peregrinos. É o caso de um grupo de Ponte de Lima que parte esta quinta-feira e que reduziu para metade o número de participantes.

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Desde 2018 que Pedro Costa faz o caminho a pé, rumo a Fátima. Após dois anos de interregno devido à pandemia, o jovem famalicense retoma, este ano, a rotina "para acertar o relógio da vida”.

“É um regresso necessitado para voltar à vida real e para acertar o relógio da vida, o relógio da espiritualidade, da disciplina, da tranquilidade. Para voltarmos a sermos nós próprios”, diz à reportagem da Renascença.

Cada peregrinação é uma “lição”, sublinha o ex-emigrante, garantindo que, apesar de o caminho ser o mesmo, há sempre algo novo para aprender. “Cada ano surge um novo tema, uma nova questão, um novo olhar sobre a fé, sobre Nossa Senhora."

Este ano, não vai ser diferente, admite o jovem, que alude à “magia” de quem faz a peregrinação até ao Santuário de Fátima.

“Vou sempre com o coração aberto. O segredo mágico de ir a Fátima é esse. É o segredo da fé, de Nossa Senhora”, diz.

“Eu vou para desconetar e voltar a conectar com a vida real e, nesse intervalo, acontece algo. Mas, é sempre diferente”, conta.

Pedro é um dos 25 peregrinos que partem a pé de Ponte de Lima para assistirem as celebrações de 12 e 13 de maio, na Cova da Iria.

Na organização da peregrinação está Dulce Sousa que, após o fim das restrições da pandemia, admite que este vai ser um “ano especial”.

“As pessoas estão com muita sede de ir a Fátima a pé. Eu também”, confessa.

“Vai ser, sem dúvida, um ano diferente para especial”, acredita a militar da GNR.

No entanto, apesar do regresso à normalidade, o número de participantes teve de ser reduzido devido à incerteza da evolução da Covid-19. “Todos os anos temos de dizer que não a algumas pessoas”, adianta.

“Costumamos levar 50 pessoas, mas, este ano, vamos levar metade porque ainda não tínhamos garantidas as condições necessárias para levar um grupo maior."

A logística para a caminhada teve de ser feita com vários meses de antecedência e “nessa altura, a evolução da pandemia não estava como está hoje”.

O grupo de peregrinos, com idades entre os 20 e os 65 anos, parte, esta quinta-feira, a pé, de Arcozelo, em Ponte de Lima. Pela frente têm sete dias de caminho até ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima.

A Peregrinação Internacional Aniversária de maio é a primeira sem restrições desde o início da pandemia.

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