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Papa assinala dois meses de guerra. “É triste que as armas estejam a ocupar o lugar da palavra”

24 abr, 2022 - 12:09 • Redação

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis e causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas.

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O Papa lembra que a guerra é um ato bárbaro e renova o apelo a uma trégua pascal, que os ortodoxos celebram este domingo. Francisco pede aos políticos para que deem ouvidos às pessoas que querem por um travão ao conflito na Ucrânia.

“Que seja Cristo a dar paz ultrajada pela barbárie da guerra, exatamente hoje, em que decorrem dois meses de guerra. Em vez de parar, a guerra agravou-se. É triste que nestes dias, que são os mais santos e solenes para todos os cristãos, se oiça mais o fragor mortal das armas do que o som dos sinos que anunciam a ressurreição. E é triste que as armas estejam a ocupar sempre mais o lugar da palavra”, disse no Vaticano após a oração pascal do Regina Coeli.

Nesta intervenção renovou o apelo a uma trégua pascal. “Que cessem os ataques para se poder socorrer as populações exaustas. Que se detenham, obedecendo às palavras do Ressuscitado que no dia de Páscoa repete aos seus discípulos, a paz esteja convosco. Peço a todos que reforcem a oração pela paz e de terem a coragem de dizer e de manifestar que a paz é possível”.

Francisco não esqueceu o papel dos governantes: “Que os líderes políticos, por favor, escutem a voz da gente que quer a paz e não uma escalada do conflito”.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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