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Jubileu 2025, uma oportunidade para “um renovado renascimento”

11 fev, 2022 - 10:58 • Olímpia Mairos

É um ano de reconciliação e conversão, de solidariedade e empenho pela justiça ao serviço de Deus e dos irmãos e concede aos fiéis a Indulgência Plenária. O próximo tem como lema “Peregrinos da Esperança”.

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O Papa quer que próximo Ano Santo, que vai acontecer em 2025, favoreça “a recomposição de um clima de esperança e confiança, como sinal de um renovado renascimento”.

Francisco alerta, no entanto, que tal só será possível se formos capazes de recuperar o sentido de fraternidade universal, se não fecharmos os olhos diante do drama da pobreza crescente que impede milhões de homens, mulheres, jovens e crianças de viverem de maneira digna de seres humanos”.

Na carta que dirigiu ao presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, arcebispo D. Rino Fisichella, a quem cabe a preparação do Jubileu, Francisco lembra os efeitos da pandemia que afetou todo o mundo e enaltece o contributo célere da ciência no seu combate.

“Temos plena confiança de que a epidemia possa ser superada e o mundo volte a ter os seus ritmos de relações pessoais e de vida social. Isto será conseguido mais facilmente se agirmos com solidariedade efetiva de modo que não sejam negligenciadas as populações mais carentes, mas se possa partilhar com todos quer as descobertas da ciência quer os medicamentos necessários”.

O Papa exorta, por isso, a “manter acesa a chama da esperança” e a fazer todo o possível “para que cada um recupere a força e a certeza de olhar para o futuro com espírito aberto, coração confiante e mente clarividente”.


Renovado renascimento com o olhar nos mais fracos

Francisco considera que o próximo Jubileu, com o lema “Peregrinos da Esperança” deve ser uma oportunidade para um “renovado renascimento” e pede que na sua preparação não sejam esquecidos os mais vulneráveis, nomeadamente os refugiados.

“Penso de modo especial nos inúmeros refugiados forçados a abandonar as suas terras. Que as vozes dos pobres sejam escutadas neste tempo de preparação para o Jubileu que, segundo o mandamento bíblico, restitui a cada um o acesso aos frutos da terra”.

O Santo Padre pede também que “a dimensão espiritual do Jubileu, que convida à conversão”, se combine com “aspetos fundamentais da vida social, de modo a constituir uma unidade coerente”.

“Sentindo-nos todos peregrinos na terra onde o Senhor nos colocou para a cultivar e guardar (cf. Gn 2, 15), não nos desleixemos, ao longo do caminho, de contemplar a beleza da criação e cuidar da nossa casa comum”, exorta o Papa.

Francisco almeja ainda que o próximo Ano Jubilar “possa ser preparado e celebrado com fé intensa, esperança viva e caridade operosa”.

Uma "sinfonia" de oração no ano anterior ao Jubileu

“O Dicastério que promove a nova evangelização saberá fazer deste momento de graça uma etapa significativa na pastoral das Igrejas Particulares, latinas e orientais, que nestes anos são chamadas a intensificar o empenho sinodal”, diz o Papa, desejando que a peregrinação rumo ao Jubileu possa “reforçar e exprimir o caminho comum que a Igreja é chamada a empreender para ser, cada vez mais e melhor, sinal e instrumento de unidade na harmonia das diversidades”.

Francisco lembra que a Bula de Promulgação do jubileu, que será divulgada oportunamente, conterá as indicações necessárias para a sua celebração.

“Neste tempo de preparação, desde já me alegra pensar que se poderá dedicar o ano anterior ao evento jubilar, o 2024, a uma grande «sinfonia» de oração”, conclui o Papa.

O Jubileu de 2025 será o 27º Jubileu ordinário da história da Igreja. O primeiro foi proclamado por Bonifácio VIII em 1300.

Entre os peregrinos que chegaram a Roma para este primeiro Jubileu estavam Dante, Cimabue, Giotto, Carlo di Valois, irmão do rei da França, com a sua esposa Catarina.

Pensados para serem celebrados a cada cem anos, Clemente VI determinou em 1350 realizá-los a cada 50 anos. Paulo II, com uma Bula de 1470, estabeleceu que o Jubileu deveria ser realizado a cada 25 anos.

O Jubileu é um ano de reconciliação e conversão, de solidariedade e empenho pela justiça ao serviço de Deus e dos irmãos e concede aos fiéis a Indulgência Plenária para si ou para os falecidos.

O último foi o Ano Santo extraordinário dedicado à Misericórdia, convocado por Francisco com a Bula Misericordiae Vultus. A coordenação também foi confiada a D. Fisichella e decorreu entre 29 de novembro de 2015 a 20 de novembro de 2016.

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