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Encobrimento de abusos. Conferência Episcopal alemã sugere que Ratzinger peça desculpa

31 jan, 2022 - 08:40 • Henrique Cunha

Relatório refere que o Papa Emérito, quando era arcebispo de Munique, encobriu casos que envolviam sacerdotes que tinham cometido abusos sexuais permitindo que se mantivessem em funções.

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O presidente da Conferência Episcopal (CEP) alemã sugere que o Papa Emérito Bento XVI peça desculpa pelas posições que adotou nos escândalos sobre abusos sexuais na Igreja alemã.

Em declarações ao canal de televisão alemão ZDF, Georg Batzing afirma também que Joseph Ratzinger deve assumir culpas no encobrimento de casos.

Para este responsável um dos problemas de Bento XVI foi ter-se rodeado de assessores "que não são os melhores".

Um relatório recente sobre abusos sexuais na Igreja Católica alemã refere que Ratzinger, enquanto arcebispo de Munique, terá encoberto casos que envolviam sacerdotes.

Numa primeira reação negou os casos e garantiu não ter participado numa reunião que decidiu pela transferência de um padre, envolvido num caso de abusos sexuais, para a diocese de Munique. Mais tarde, através do seu secretário, o Papa Emérito corrigiu essas afirmações sobre a sua participação no dito encontro.

Bento XVI admitiu ter prestado informação errada e reconheceu que esteve presente numa reunião de 1980 em que se discutia um caso de pedofilia.

Contudo, é sublinhado que, na dita reunião, “não foi tomada nenhuma decisão sobre a missão pastoral do padre em questão”.

Joseph Ratzinger, 94 anos, Papa entre 2005 e 2013, foi nomeado arcebispo de Munique em 1977 pelo Papa Paulo VI.

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