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Papa diz "basta" à violência contra as mulheres

01 jan, 2022 - 10:11 • Redação

Francisco coloca novo ano sob a proteção das mães, para que o mundo encontre um olhar inclusivo.

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"Ferir uma mulher é ultrajar a Deus" diz Francisco na primeira missa de 2022
"Ferir uma mulher é ultrajar a Deus" diz Francisco na primeira missa de 2022

O novo ano começa com um pedido veemente do Papa, na Basílica de São Pedro, em Roma. “Basta de violência contra as mulheres. Ferir uma mulher é ultrajar a Deus”.

O apelo de Francisco na primeira missa do ano, que marca a solenidade da Virgem Maria Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz.

“O novo ano começa sob o signo da Mãe. O olhar materno é o caminho para renascer e crescer. As mães, as mulheres olham o mundo não para o explorar, mas para que tenha vida. E enquanto as mães dão a vida e as mulheres guardam o mundo, empenhemo-nos todos para promover as mães e proteger as mulheres. Quanta violência existe contra as mulheres! Basta! Ferir uma mulher é ultrajar a Deus, que tomou duma mulher a humanidade.”

É um reforço da mensagem deixada por Francisco no último dia de Natal, em que rezou pelas mulheres vítimas da violência que “grassa neste tempo de pandemia”.

A Missa do primeiro dia de 2022 foi celebrada na Basílica de São Pedro, assinalando ainda o 55.º Dia Mundial da Paz.

O Papa convidou os católicos a colocar o novo ano sob a proteção de Maria, Mãe de Deus. “Que Ela nos ajude a guardar e meditar tudo, sem ter medo das provações, na jubilosa certeza de que o Senhor é fiel e sabe transformar as cruzes em ressurreições.”

Depois do Angelus, o Papa lembrou os tempos incertos devido à pandemia e recordou aqueles que nada têm. “Muitos estão com medo do futuro e oprimidos por situações sociais, problemas pessoais, pelos perigos que vêm da crise ecológica, das injustiças e dos desequilíbrios económicos globais. Olhando para Maria com o seu Filho nos braços, penso nas jovens mães e nas suas crianças fugindo das guerras e carestias ou à espera nos campos de refugiados.”

“Se nos tornarmos artesãos de fraternidade poderemos voltar a tecer os fios de um mundo dilacerado pelas guerras e violências”, sublinhou.

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  • Os maus da fita
    01 jan, 2022 Mundo 10:33
    Vossa Eminência que não esqueça a violência contra os homens, que ela também existe. Refiro-me à violência verbal e psicológica que podem não apresentar marcas físicas mas não deixam de ser violência. E as mulheres são peritas nela. Convém não fazer dos homens os únicos "maus da fita"

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