01 jan, 2022 - 12:04 • Redação
A precariedade laboral é um obstáculo à construção da paz. A ideia foi defendida por D. Manuel Clemente no Dia Mundial da Paz e em que se homenageia Maria, Mãe de Cristo.
Durante a missa realizada na Igreja do Convento da Graça, o Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou que o Papa Francisco considera que a paz se constrói através de três eixos: o diálogo entre gerações, a educação e o trabalho.
D. Manuel Clemente defendeu que é através do trabalho que o homem se realiza, apelando a que todos se mantenham ativos, mesmo depois de atingirem a reforma, mas lembrou que nem todos conseguem receber o mínimo que lhes permita uma vida digna.
“Hoje sabemos que mesmo entre gente empregada há gente pobre, que não atinge aqueles índices absolutamente necessários para uma vida digna, nem têm um salário que digno seja", lamentou.
Apelou ainda ao diálogo entre gerações, alertando para solidão nas cidades.
O Patriarca de Lisboa citou as várias dimensões apontadas pelo Papa, convidando os católicos a manter-se unidos nas várias gerações, “aprendendo mutuamente o que cada um transporta”.
“É neste diálogo entre gerações que a paz verdadeiramente se
consegue.”
Destacou que, em Portugal, boa parte da população mais idosa vive “só e pouco acompanhada”, até porque nem todos dominam os instrumentos digitais.
A homilia do primeiro dia de 2022 realçou que a paz é mais do que o aspeto exterior, de ausência de conflitos militares e deixou uma referência ao Ano Europeu da Juventude, que se inicia este sábado.
Concluiu com votos de um “ano de paz, essa que Deus sempre garante”.