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mensagem de natal

Bispo das Forças Armadas diz que militares levam esperança aos “não-lugares” do mundo atual

21 dez, 2021 - 11:52 • Ângela Roque

D. Rui Valério sublinha afinidade da missão militar com os valores cristãos do Natal, e destaca o contributo das forças militares e de segurança a favor da paz e contra a indiferença.

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Numa mensagem dirigida aos “Oficiais, Sargentos e Chefes, Praças, Guardas e Agentes Civis”, o bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança começa por falar da afinidade que encontra entre “a substância dos principais Mistérios da vida de Cristo com a vida Militar e das Forças de Segurança”. Para D. Rui Valério há uma sintonia evidente entre o Natal e “a essência” da missão militar.

“As Forças Armadas e as Forças de Segurança, com um desempenho nascido da força da humanidade inaugurada por Cristo, são a atualidade do mistério natalício: defendem a paz, onde há guerra; promovem segurança, resistindo à insegurança; incrementam a ordem, contrariando o caos; atuam a solidariedade, num mundo cada vez mais individualista”, lê-se na mensagem.

Numa comparação permanente com o “não-lugar” onde Cristo acabou por nascer - uma simples manjedoura, por não haver lugar para Maria e José na hospedaria -, o bispo das Forças Armadas e de Segurança considera que os “não-lugares” de hoje são aqueles onde, afinal, os militares estão e atuam, seja “nas frentes, a lutar pela paz” e a “oferecer amparo e auxílio às populações”, seja “nas periferias sociais dos abandonados, onde mais ninguém se sente capaz de responder às emergências”, seja nas Unidades “onde se promove a afirmação da soberania nacional”, ou ainda “nas estradas, a velar pela salvaguarda da integridade da vida”.

Evocando as “tréguas de Natal”, que soldados alemães e ingleses cumpriram a 25 de dezembro de 1914, na I Guerra Mundial, D. Rui Valério considera que os militares continuam a ser os que hoje, em tantas circunstâncias, são os que vão ao encontro dos outros, nos “não-lugares” onde há “desesperança”, pobreza “fingida ou encapotada”, ou onde a dignidade humana é posta em causa.

“Fecundados pela presença de Deus em Jesus Cristo, uma força brota dentro de nós; é a força que nos leva a sair das trincheiras e ir ao encontro dos irmãos, cidadão de tantos não-lugares deste mundo para que, nas noites da solidão, de fadiga e de egoísmo, resplendeça e brilhe a Luz da esperança e do amor”, conclui a mensagem.

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