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Mensagem de Natal

Bispo de Leiria-Fátima. "É urgente promover a fraternidade"

13 dez, 2021 - 18:41 • Teresa Paula Costa

Cardeal D. António Marto exorta à solidariedade e partilha com todos. "O Natal não pode ser reduzido a uma festa social", escreve na sua mensagem de Natal, uma época que vê como "ocasião para redescobrir a esperança".

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O bispo da diocese de Leiria-Fátima defendeu esta segunda feira que “é urgente promover a fraternidade e a amizade social como caminhos para sair da crise atual”.

Na sua mensagem de Natal, o cardeal D. António Marto lembrou que “a pandemia aumentou muito as pobrezas e desigualdades sociais”, pelo que “a necessidade de ajuda alimentar e a urgência de apoio face às graves perdas sofridas desafiam-nos a não ficarmos fechados no egoísmo e na indiferença.”

A todos é pedida “a coragem de sair das lógicas dos interesses próprios, do mercado e do lucro a todo o custo, para nos abrirmos a uma solidariedade mais vasta”, pois Cristo “veio para todos” e “não permite que deixemos alguém para trás, marginalizado, abandonado, descartado.”

Neste sentido, D. António Marto apelou à participação na campanha de solidariedade de Natal “10 Milhões de Estrelas”, promovida pela Cáritas Nacional.

Na sua mensagem aos diocesanos, o cardeal salientou que o Natal é “ocasião para redescobrir a esperança cristã a partir da dura experiência da pandemia”. Esperança que se traduz no “cuidar uns dos outros, levar carinho, calor e consolo a tantas solidões dos que sofrem”, e ainda “refazer a qualidade das relações pessoais afetadas pelos confinamentos e restrições sanitárias bem como o sentido de pertença à comunidade.”

Mas também, destacou o bispo da diocese de Leiria-Fátima, “a responsabilidade da vacinação”.

A esperança traduz-se ainda, escreveu o cardeal, na “necessidade de nos colocarmos nas mãos de Deus”. Não de um Deus “tapa buracos”, apontou o bispo de Leiria-Fátima, mas do Deus “digno de confiança”, que “nunca abandona os seus filhos” e que dá, a quem o invoca, “a ajuda necessária para viver com dignidade e amor a própria vida e enfrentar com esperança a doença e a morte.

Lamentando que o espírito consumista nos atraia e distraia “com a tentação de buscar a alegria na exterioridade das compras, das prendas, dos adornos das ruas e da diversão”, o cardeal defendeu que “o Natal cristão não pode ser reduzido a uma festa social”.

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