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​Papa em Lesbos é “importante” para denunciar difíceis “condições de vida” dos refugiados

04 dez, 2021 - 23:00 • Cristina Nascimento

Francisco volta à ilha grega que visitou em 2016. Francisco vai ao campo de refugiados, uma visita que as organizações não governamentais aplaudem porque, dizem, pode ajudar a melhorar a vida das pessoas que ali estão.

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A entrar no penúltimo dia de visita, o Papa visita este domingo o campo de refugiados na ilha grega de Lesbos. Serão cerca de duas horas, uma visita rápida, mas que é muito valorizada por quem está no terreno.

Trata-se também de um regresso. Francisco fez visita semelhante em 2016. Agora volta e a importância do regresso é enaltecido por Anastasia Spiliopoulou, da Cáritas Grécia.

“Penso que o Papa vir segunda vez é um gesto simbólico, num processo de tentar voltar a colocar na perspetiva certa o assunto dos refugiados”, diz em entrevista à Renascença.

O campo que Francisco visitou em 2016, o campo de Moria, ardeu há um ano. O novo que foi construído, apesar de provisório, continua em funcionamento. Tem, ainda assim, melhores condições. Vivem neste campo menos de 2.500 pessoas quando no anterior chegaram a estar quase 20 mil.

Apesar das melhorias, Augusto César, que está há quatro meses a trabalhar no campo, ao serviço dos Médicos Sem Fronteiras, diz que as condições de vida estão longe de ser as desejáveis e por isso todos os esforços são poucos.

“A visita do Papa é um momento muito importante no sentido de trazer a atenção da comunidade internacional, dos meios de comunicação social, para o campo em si, para as condições de vida dessas pessoas e para o que elas estão a ser submetidas”, explica.

Augusto refere-se, por exemplo, às fortes restrições de circulação a que os refugiados são submetidos, dado que só podem sair do campo poucas horas por semana.

Os problemas dos migrantes e refugiados têm sido um dos principais temas desta 35ª viagem apostólica de Francisco a Chipre e Grécia. O Papa tem abordado o tema várias vezes durante estes dias, considerando o Mediterrâneo como um grande cemitério e até já comparou os campos de refugiados aos campos de concentração do século XX.

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