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Monumentos iluminados a vermelho para lembrar cristãos perseguidos

17 nov, 2021 - 07:12 • Ângela Roque

Iniciativa da Fundação AIS decorre a nível mundial até 24 de novembro. Em Portugal os santuários do Cristo Rei e de São Bento da Porta Aberta voltam a aderir à campanha, que mobiliza várias paróquias de norte a sul do país.

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Se a partir desta quarta-feira vir um monumento ou edifício público iluminado a vermelho, é porque aderiu à “Red Week”, uma semana que é um alerta para a situação dos cristãos perseguidos no mundo, muitos deles mortos por ódio à fé. A iniciativa é organizada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre e vai decorrer a nível mundial nos países onde a AIS tem secretariados, mas não só.

“Estou a lembrar-me, por exemplo, da catedral de Alepo, na Síria, é uma das que vai estar iluminada para lembrar todos estes mártires que existem no mundo de hoje”, diz à Renascença Catarina Martins Bettencourt, diretora do secretariado da AIS em Portugal.

Por cá vão voltar a iluminar-se de vermelho o Santuário do Cristo Rei, em Almada, o Santuário de São Bento da Porta Aberta, no Gerês, e a Basílica dos Congregados, em Braga. Mas, de norte a sul são muitas as paróquias que vão aderir. “Há várias que nos têm contactado, e que mesmo que não iluminem tudo de vermelho, irão ter um gesto simbólico para lembrar esta realidade dos mártires pela fé", explica aquela responsável.

Refugiados no foco da Campanha de Natal

A “Red Week” marca, também, o início da campanha de Natal da AIS em Portugal, que este ano é dedicada aos deslocados e refugiados e à ajuda humanitária que é preciso assegurar. Para Catarina Martins Bettencourt não podia ser de outra forma, até porque a missão da AIS “começou no Natal de 1947, para ajudar os refugiados do pós-guerra na Alemanha destruída”, e agora, “74 anos depois, dada a pressão que existe, não podíamos deixar de tentar dar resposta aos pedidos crescentes de ajuda”.

“Há no mundo mais de 82 milhões de refugiados e deslocados, é um número gigantesco”, sublinha a responsável pela AIS. A campanha destina-se a seis países em particular onde a Fundação tem projetos e onde foram identificadas necessidades mais urgentes: Síria, Nigéria, Líbano, Moçambique, República Democrática do Congo e o Burkina Faso.

A campanha pretende mobilizar recursos que permitam a quem está no terreno continuar a ajudar. “Em Moçambique, por exemplo, em Cabo Delgado, na diocese de Pemba, a Igreja precisa de ajuda para tudo, desde abrigos, vestuário, refeições, a parte do apoio psicológico às pessoas que chegam traumatizadas com tudo o que viveram e foram forçadas a ver, até ao acesso à educação de crianças e jovens que estão nos campos de refugiados. E, claro está, porque somos uma instituição que tem esta missão pastoral, também temos de ajudar a Igreja na sua missão de evangelizar, de catequese, de apoio aos sacerdotes”, explica.

A campanha de Natal da AIS vai decorrer até ao final do ano. Que quiser contribuir pode consultar o site da Ajuda à Igreja que Sofre, ou contactar a Fundação através do telefone 217 544 000.

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