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Fundação AIS preocupada com violência crescente contra elementos da Igreja

15 nov, 2021 - 16:27 • Ana Lisboa

Em 2021, foram assassinadas pelo menos 17 pessoas ligadas à Igreja e outras duas dezenas foram vítimas de sequestro.

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A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está "preocupada com a situação de perigo em que se encontram padres, irmãs e leigos" em diversos países do mundo.

Só este ano foram mortas cerca de 17 pessoas ligadas à Igreja Católica e outras duas dezenas foram vítimas de sequestro.

O presidente executivo internacional da Fundação AIS lembra que "ser padre ou religiosa não torna ninguém imune à violência, pelo contrário, pode torná-los num alvo ainda maior".

Por vezes, "o motivo do ataque ou sequestro a sacerdotes, religiosas ou leigos comprometidos com o trabalho da Igreja é apenas económico, seja roubo ou tentativa de pagamento de um resgate".

Mas noutras ocasiões, recorda Thomas Heine-Geldern, "a agressão é justificada como uma tentativa de silenciamento da voz profética da Igreja, de quem denuncia atropelos aos direitos humanos, injustiças e violência. Há um aumento de casos de agressões com base na perseguição e na falta de liberdade religiosa", admite este responsável.

Os relatos que chegam à Ajuda à Igreja que Sofre de várias partes do mundo "mostram que ninguém está em segurança verdadeiramente em lugar algum. Particularmente sensível e preocupante é a situação na Nigéria, com assassinatos e sequestros cada vez mais frequentes", como este organismo católico tem noticiado.

Também o México "está a enfrentar uma onda de violência assinalável com pelo menos três sacerdotes e um catequista mortos em incidentes nos últimos tempos".

Mas a lista de países "onde é notória a violência contra elementos da Igreja é muito mais vasta", diz a AIS.

"Venezuela, Peru, Haiti, Filipinas, Angola, Burquina Fasso, Sudão do Sul, Uganda, Camarões e Mali são alguns desses países, aos quais tem de se incluir ainda a França, onde ocorreu o assassinato, a 9 de Agosto, do Padre Olivier Maire, crime cometido por um homem que estava hospedado na casa dos missionários em Saint-Laurent-sur-Sèvre".

No entanto, apesar da violência e das ameaças constantes, padres, irmãs e leigos "continuam a desempenhar a sua missão junto das populações mais pobres e necessitadas, dando um enorme exemplo de coragem e abnegação".

Por isso, Heine-Gelder afiorma que "todos eles precisam das nossas orações e de apoio, mais do que nunca".

Durante o mês de Novembro, a Fundação AIS está a realizar em diversos países iniciativas destinadas à sensibilização para a questão da liberdade religiosa e da perseguição aos cristãos.

Nesse sentido, centenas de catedrais, igrejas, capelas, monumentos e edifícios públicos de relevo são iluminados em muitas cidades do mundo com a cor vermelha, que procura lembrar o sangue dos mártires.

Em Portugal, "diversas paróquias já se associaram este ano a esta iniciativa, nomeadamente, em Odivelas. Em Braga, além das paróquias de São Vítor, São Lázaro, Senhora-a-Branca e a Basílica dos Congregados, também será iluminado de vermelho o Santuário de São Bento da Porta Aberta. O mesmo vai acontecer, tal como em anos anteriores, com o Monumento do Cristo Rei, em Almada"

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recorda que "os cristãos são o grupo religioso que mais sofre por causa da perseguição religiosa".

E apela a que todos participem nesta #RedWeek de 17 a 24 de Novembro.

Durante uma semana "somos desafiados a ter presente esta intenção dos Cristãos perseguidos. Pode rezar por eles, organizar uma vigília de oração ou falar deste tema no grupo de catequese. Peça ao seu pároco para iluminar de vermelho a fachada da igreja na noite de 24 de Novembro. Às vezes basta um gesto simples, como vestir uma peça de roupa vermelha ou acender uma vela. Há muita formas de colaborar. O mais importante é participar".

Para saber mais informações, veja aqui.

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