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"Porta Solidária". Pedidos descem, mas “ajuda continua muito superior à pré-pandemia”

06 nov, 2021 - 13:52 • Henrique Cunha

Serviço da paróquia de Nossa Senhora da Conceição arrancou em 2009 e está aberto todos os dias.

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O número de pessoas que recorre ao serviço de refeições da “Porta Solidária”, no Porto, está a diminuir. O padre Rubens Marques revela à Renascença que desde o verão “já se nota, felizmente, uma desaceleração forte no crescimento dessas necessidades”.

O pároco da Igreja da Nossa Senhora da Conceição, no Porto, recorda que “na fase aguda da crise pandémica” havia uma “média diária de 650 pessoas para servir o jantar”, mas, “neste momento, é de 400 pessoas”.

Na sua opinião, “ainda é muito” quando comparado com o período pré-pandemia, pois “em 2019 a média diária de refeições era de 160 pessoas”. Na sua perspetiva, esta redução no conjunto das necessidades decorre do facto de “muitas das pessoas ajudadas terem regressado às atividades turísticas e ao serviço nos restaurantes”. Ainda assim, o padre Rubens alerta para o facto de continuarem a existir “pessoas com desemprego de longa duração e outras a trabalharem na economia paralela. Há mínima crise são os mais atingidos”, alerta.

Por outro lado, ainda se nota que “algumas famílias não recuperaram os empregos ou, pelo menos, um membro da família não o recuperou o que dá origem a um orçamento muito mais baixo para a vida familiar”.

Este serviço da paróquia de Nossa Senhora da Conceição arrancou em 2009 e está aberto todos os dias.

Dia Mundial dos Pobres assinalado

No âmbito do Dia Mundial dos Pobres, que se assinala dia 14, vai realizar-se, no Porto, dia 12 de novembro, às 16h15, no átrio da Igreja da Paróquia da Senhora da Conceição, uma Manifestação evocativa deste dia proposto pelo Papa Francisco há cinco anos.

O encontro aberto é organizado pela paróquia e conta com a colaboração de vários grupos associados à Pastoral Penitenciária do Porto.

De acordo com o padre Rubens Marques, a iniciativa que contará com a organização de um magusto visa “juntar os mais frágeis” e pretende também ouvir os mais pobres.

“Este evento pretende afirmar o acolhimento, a partilha e a fraternidade para com os mais pobres. Ouvi-los, escutar a sua situação e até ouvir as suas propostas de soluções que nos queiram apresentar", sublinha.

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