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Covid-19. Bispos da UE lançam recomendações para combater pobreza no pós-pandemia

14 out, 2021 - 13:06 • Ecclesia

COMECE destaca multiplicação de situações de "fragilidade social" e exclusão.

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A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) lançou esta quinta-feira uma série de recomendações para combater a pobreza no pós-pandemia, alertando para as situações de fragilidade social e exclusão provocadas pela Covid-19.

“Deve ser feito mais para medir e enfrentar novas formas de pobreza e promover soluções criativas para as causas estruturais da pobreza”, refere D. Antoine Hérouard, presidente da Comissão para Assuntos Sociais da COMECE.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, a COMECE alerta para o “Grito dos pobres no contexto da pandemia de Covid-19 e a sua recuperação”.

Os bispos católicos admitem que a crise pandémica não criou uma “explosão de pobreza”, mas alertam para a “multiplicação das situações de fragilidade que afetam a vida de pessoas, famílias e comunidades em toda a União Europeia”.

As recomendações da Comissão de Assuntos Sociais da COMECE incluem o “reforço da ajuda material e alimentar com financiamento da UE”, “medir melhor a pobreza de acordo com a realidade atual”, facilitar o acesso a “habitação digna e acessível”, prevenir melhor o sobre-endividamento e a promoção “do trabalho digno, da educação de qualidade e da solidariedade”.

“Qualquer reflexão e ação em relação ao combate à pobreza deve ter como objetivo reduzir a marginalização e aumentar a inclusão mais integral, ou seja, a participação económica, social e política”, indica D. Antoine Hérouard.

A COMECE denuncia o aumento da pobreza de pessoas com emprego, ao longo da última década, e a situação “preocupante” de muitos trabalhadores, sem condições dignas.

Os Estados-membros são chamados a “reconhecer melhor uma abordagem multidimensional à pobreza, para não deixar ninguém para trás”.

O texto destaca o apoio “espiritual e material” oferecido pela Igreja Católica aos mais pobres, elencando um conjunto de “boas práticas” em vários países, incluindo Portugal.

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