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Papa sobre atentado em Bagdad. Que a violência não enfraqueça esforços de paz

21 jul, 2021 - 12:10 • Olímpia Mairos

O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado em um mercado lotado em Bagdad e que provocou, pelo menos, 35 vítimas mortais.

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O Papa Francisco enviou uma mensagem ao núncio apóstólico no Iraque, Dom Mitja Leskovar, manifestando a sua tristeza pelo atentado ocorrido naquele país, no final da tarde de segunda-feira.

“Sua Santidade o Papa Francisco ficou profundamente entristecido ao saber da notícia da perda de vidas na explosão no mercado al-Wuhailat em Bagdad e envia as suas condolências aos familiares e amigos dos que morreram”, lê-se no texto assinado pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin.

“Confiando as suas almas à misericórdia de Deus Todo-Poderoso”, prossegue a mensagem, “Sua Santidade renova as suas fervorosas orações para que nenhum ato de violência enfraqueça os esforços daqueles que estão empenhados em promover a reconciliação e a paz no Iraque”.

O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado que, no final da tarde de segunda-feira, dia 19, provocou a morte, de pelo menos, 35 pessoas no mercado popular de Wahailat, em Sadr City, bairro de maioria xiita na região leste de Bagdad.

O ataque ocorreu na véspera da festa muçulmana do sacrifício Eid al-Adha e numa altura em que o mercado se encontrava lotado para a compra de presentes e géneros alimentícios. Entre as vítimas mortais estão várias mulheres e crianças. Há dezenas de feridos, muitos em estado crítico.

Segundo o Ministério do Interior iraquiano, um primeiro homem acionou o seu cinto de explosivos no meio de vendedores e compradores num mercado de roupas usadas e ao mesmo tempo que a multidão se preparava para tentar ajudar as vítimas, um segundo homem-bomba detonou os seus explosivos.

“Este ataque terrorista foi perpetrado por uma célula adormecida do Estado Islâmico”, afirmou Tahsin al-Khafaji, porta-voz do comando de operações conjuntas, que inclui uma série de forças iraquianas.

Segundo o porta-voz, o grupo terrorista “quis provar a sua existência” após uma série de derrotas em operações militares.

Em comunicado, o primeiro-ministro Mustafa al Kazimi já prometeu que “o terrorismo não permanecerá impune” e que os “autores serão perseguidos”.

Os atentados à bomba tornaram-se raros na capital iraquiana, desde a derrota do grupo no país, em 2017. O último tinha ocorrido em janeiro de 2018, na mesma praça, e provocou 27 mortos.

Recorde-se que de 05 a 08 de março deste ano, o Papa Francisco realizou uma visita histórica ao Iraque sob o lema “Sois todos irmãos”.

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