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“Há demasiados desempregados e trabalho indigno, é urgente reformar a economia”, alerta o Papa

17 jun, 2021 - 14:33 • Aura Miguel

Franciso referiu que "aderir a um sindicato é um direito” e reafirmou que “a violência contra as mulheres é inaceitável e vergonhosa”.

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Numa mensagem vídeo enviada aos participantes da 109ª Conferência Internacional do Trabalho que se realiza, em Genebra, o Papa apelou a “uma reforma a fundo da economia, bem como o modo de a levar por diante.

Francisco pediu respostas incisivas aos que se encontram "à margem do mundo do trabalho, esmagados pelas consequências dramáticas da Covid-19”. O Papa referiu os muitos migrantes, trabalhadores vulneráveis e suas famílias, "geralmente excluídos do acesso a programas nacionais de promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento e assistência, bem como dos planos de proteção financeira e serviços psicossociais”.

Francisco denunciou que tudo isto é “reflexo da filosofia do descarte que nos acostumamos a impor em nossas sociedades” e que "complica a deteção precoce, a execução de testes, diagnósticos, rastreamento de contactos e busca de assistência médica para a Covid-19 para refugiados e migrantes”.

Igualmente preocupante é o desemprego, o aumento da pobreza, a exploração infantil, o tráfico de pessoas, a insegurança alimentar, a maior vulnerabilidade para os doentes e idosos e a falta de perspetivas profissionais para os jovens.

Francisco referiu que "aderir a um sindicato é um direito” e critica a degradação de certas formas de trabalho "perigoso, sujo e degradante” que atingem, sobretudo, trabalhadores precários e muitas mulheres empregadas domésticas, cuidadoras e vendedoras ambulantes, reafirmando que “a violência contra as mulheres é inaceitável e vergonhosa”.

Nesta mensagem, o Papa apelou também ao diálogo amplo e permanente entre todos os setores da sociedade, responsáveis políticos, confissões religiosas e comunidades, para se “poder alcançar um futuro solidário e sustentável para nossa casa comum”

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  • Adélio Pequenino
    17 jun, 2021 Terras da Vernária 21:55
    Diz o Santo Padre: " aderir a um sindicato é um direito. A violência contra as mulheres é inaceitável e vergonhosa . Ora, eu considero - me analfabeto, porque só tenho cinco anos de escolaridade. Tenho a 4ª classe feita em 1965. Para mim, estes dois temas deveriam ser tratados em separado . O primeiro tema deveria tratado em segundo lugar. E o segundo em primeiro lugar . Comento o segundo, violência contra as mulheres: O Santo Padre diz: é inaceitável e vergonhosa. Eu digo: É CRIMINOSA e TEM de SER BANIDA. A sagrada escritura diz: A TERRA produzir - te - à espinhos e abrolhos. Hás - de - a trabalhar para, com o suor do teu rosto , dela retirares o teu sustento. Ora, pergunto: a violência contra as mulheres não será fruto do rendimento mínimo garantido? Quanto ao primeiro tema, que deveria ser tratado em segundo lugar, porque as MULHERES são MAIS importantes que o SINDICATO. Respondo. Não sou contra os sindicatos. Mas desejaria sindicatos , não facciosos. Não é PROIBIDO ser PATRÃO. Qualquer um o pode ser . Há patrões bons e patrões maus. Há empregados bons e empregados maus. SUGESTÃO: Sugiro a libertação de JUÍZES RETOS para julgar as questões. E não de sindicatos facciosos e tendenciosos. Com todo o respeito, sugiro , ao Santo Padre, a leitura, atenta, de Amós. Ela ainda é atual. E os sindicatos comunistas e tendenciosos? Boa noite.

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