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​Ano jubilar. Vila Viçosa celebra 375 anos da coroação da Imaculada Conceição

25 mar, 2021 - 10:20 • Rosário Silva

Em 25 de março de 1646, D. João IV coroou Nossa Senhora da Conceição como Rainha e Padroeira de Portugal. 375 anos depois, a efeméride abre as portas do Santuário de Vila Viçosa.

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Se o tempo não fosse de exceção, por estes dias, Vila Viçosa estaria a receber o congresso “Mulher, Mãe e Rainha. Nos 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal”.

Por causa das “contingências que atualmente o país enfrenta”, o Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia (IPPEM), promotora do evento, decidiu adiá-lo para março de 2022.

Apesar das circunstâncias, este dia 25 de março não termina sem que a efeméride seja lembrada, através de uma sessão evocativa do 375º aniversário da Padroeira de Portugal. Vai ser a partir das 17h30, em formato online, com a realização de duas conferências: “De lés-a-lés, ouvem-se loas à Senhora” pelo cónego José Paulo Abreu e “Mulher, Mãe e Rainha – Um congresso interdisciplinar sobre a figura de Maria” por Marco Daniel Duarte.

O ponto alto das celebrações acontece uma hora depois, às 18h30, com a abertura do Ano Jubilar comemorativo dos “375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal”, com concessão de indulgência plenária.

O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho preside à celebração eucarística, no Santuário nacional de Vila Viçosa (Évora), onde será feito, também, o lançamento de uma medalha comemorativa.

A cerimónia é transmitida pelos canais digitais da arquidiocese (facebook e site) e da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

Devoção à Imaculada Conceição é tradição secular

Numa nota enviada à Renascença, a Régia Confraria sublinha a importância do acontecimento e recorda que foi num “momento de guerra pela restauração da independência”, que o rei D. João IV, a 25 de março de 1646, proclamou Padroeira e Rainha de Portugal, a Senhora da Conceição de Vila Viçosa, oferecendo-lhe a coroa.

“Este gesto de humildade materializou-se no facto de, a partir de D. João IV, mais nenhum rei de Portugal ter usado a coroa na cabeça, para que ficasse claro que a realeza pertenceria para sempre a Nossa Senhora”, recorda.

“Hoje, em momento de particular dificuldade para todos, e em plena pandemia da covid-19, lembramos e renovamos esse voto do rei, o Restaurador”, acrescenta a mesma nota.

Apesar dos constrangimentos, o Santuário calipolense abre as portas, nesta quinta-feira, dia 25 de março, para receber a celebração desse momento de grande significado, a celebração dos 375 anos da coroação de Nossa Senhora da Conceição como Rainha e Padroeira de Portugal.

Recorde-se que a festa da Imaculada Conceição festeja-se a 8 de dezembro, mas a devoção a Nossa Senhora já vem de tempos antigos. Ao que se sabe, esta solenidade foi introduzida em Portugal, em 1320, por D. Raimundo, bispo de Coimbra.

Por volta do ano de 1400, São Nuno de Santa Maria, então o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, terá mandado vir de Inglaterra uma imagem de Nossa Senhora da Conceição que, ainda hoje, se venera no Santuário nacional de Vila Viçosa, local visitado por milhares de fiéis.

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