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Diocese de Viana do Castelo apela a uma Páscoa solidária

17 fev, 2021 - 09:20 • Olímpia Mairos

A renúncia quaresmal é destinada à Diocese de Pemba, em Moçambique.

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O administrador diocesano de Viana do Castelo, monsenhor Sebastião Pires Ferreira, na mensagem quaresmal, que dirige aos cristãos da diocese, aponta a Quaresma como “um tempo de inquietação, de vigilância”, onde “se escuta e melhor se guarda a Palavra de Deus”.

“A partir daí a nossa Quaresma tornar-se-á, para nós e para os nossos irmãos, um tempo de acolhimento e de comunhão, de intimidade e de renovação de alianças, com Deus e com os Irmãos, conhecidos ou não, da mesma ou de diferentes etnias, trabalhadores ou empresários, pobres ou ricos, sós ou esquecidos”, explica o monsenhor Sebastião Pires Ferreira.

O administrador diocesano de Viana do Castelo considera que com uma “Páscoa solidária, irão, tendencialmente, diminuindo as desigualdades sociais e os desequilíbrios económicos abismais, com a atenção na indecorosa pobreza e nos sem abrigo”.

“A Quaresma, sendo tempo de comunhão, também é, tem de ser, tempo de partilha de bens”, afirma o administrador diocesano, indicando que a renúncia quaresmal da Diocese de Viana do Castelo será canalizada para “os irmãos da Diocese de Pemba, em Moçambique”.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões de insurgentes passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.

Na mensagem quaresmal, o monsenhor Sebastião Pires Ferreira faz ainda referência à pandemia de Covid-19 e às suas consequências em todo o mundo.

“Foi um ano, a nível mundial, de quebra de direitos, de empregos, de salários, de medo, de sofrimento e de mortes”, assinala, considerando que “os confinamentos às liberdades democráticas assumidos pela maior parte da população ajudaram os governantes a não deixarem ‘afundar o barco’”.

“A Igreja, como Mãe e Mestra, esteve sempre presente e ativa, mesmo com os templos, ciclicamente, fechados ou semi-abertos, ao culto presencial”, lembra, exemplificando com a ação da Igreja de Viana do Castelo que “tem testemunhado a sua proximidade junto dos doentes, dos mais frágeis e necessitados”.

“É o seu dever. Fê-lo em comunhão com o seu Fundador, Jesus Cristo”, realça.

A concluir a mensagem, o administrador apostólico de Viana do castelo deixa palavras de gratidão e apreço ao “corpo clínico e de enfermagem, técnicos, autoridades públicas de intervenção, Cruz Vermelha Portuguesa, bombeiros, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, comunicação social” e ao “bom povo” que respeitou as “regras sanitárias e de distanciamento”.

O administrador diocesano de Viana do Castelo, monsenhor Sebastião Pires Ferreira, assumiu os destinos da diocese após a morte do bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, em setembro, aos 74 anos, na sequência do despiste do automóvel que conduzia na Autoestrada do Sul (A2) perto de Almodôvar, no distrito de Beja.

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