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Dia Mundial das Comunicações Sociais

D. João Lavrador pede aos jornalistas que evitem o "erro de seguir ideologias”

26 jan, 2021 - 10:30 • Henrique Cunha

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais defende que "é dever dos comunicadores reconhecerem o rosto da notícia que é a pessoa concreta".

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O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. João Lavrador, lembra que "é dever dos comunicadores reconhecerem o rosto da notícia que é a pessoa concreta, muitas vezes aqueles que não têm voz na sociedade”, e pede aos jornalistas que atendam à realidade concreta não incorrendo “no erro de seguir ideologias”.

Na apresentação da mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, D. João Lavrador sublinha que “a verdade da notícia não se pode limitar a mera opinião, não deve incorrer no erro de seguir ideologias” e destaca a importância de se atender à realidade concreta.

O prelado argumenta que, “quando se trata de pessoas, é a realidade concreta que deve ser atendida”.

Por outro lado, D. João Lavrador sublinha a ideia de que a comunicação não pode servir interesses particulares. Na opinião do bispo de Angra do Heroísmo, “a comunicação não pode partir de abstrações, preconceitos, ideologias. Pelo contrário, tem de se situar na descoberta das verdadeiras e profundas interrogações do ser humano e encaminhar para a vida na sua totalidade”.

“Estamos perante a exigência de despertar da comunicação social para a realidade concreta das pessoas, tantas vezes trágica e incomoda. Assim, é dever dos comunicadores reconhecerem o rosto da notícia que é a pessoa concreta, muitas vezes aqueles que não têm voz na sociedade”, aponta.

O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais alerta ainda para a necessidade de os jornalistas se desinstalarem, lembrando uma das expressões que o Papa usou na sua mensagem para o dia Mundial das Comunicações Sociais.

De acordo com D. João Lavrador, o Papa, ao denunciar “as notícias que são fabricadas sem contacto com a realidade", afirma que a crise editorial corre o risco de levar a uma informação construída nas redações, diante do computador, no terminal das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem gastar a sola dos sapatos”.

"Voz Portucalense" vence prémio D. Manuel Falcão

No decurso da apresentação da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, através da plataforma Zoom, participaram os diferentes secretariados diocesanos de comunicação social e a diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Socais, Isabel Figueiredo, que anunciou que o jornal da diocese do Porto vai receber a título honorífico o Prémio de Jornalismo D. Manuel Falcão.

Inicialmente "Voz do Pastor", hoje "Voz Portucalense", o jornal completa o seu 100.º aniversário este ano.

Numa primeira reação, o seu diretor, padre Manuel Correia Fernandes, mostrou-se satisfeito e agradeceu a distinção.

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