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"Não tenham vergonha de pedir". Deus responde sempre, diz o Papa

09 dez, 2020 - 10:57 • Aura Miguel

Na audiência geral desta quarta-feira, Francisco falou da dimensão “humana” da oração cristã.

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O Papa Francisco, na sua habitual catequese da quartas-feira, incentivou a pedirmos tudo a Deus, até “os dons mais simples e diários”, como acontece, por exemplo, na oração do “Pai-nosso”.

Sempre que se pede o “pão de cada dia”, disse o Papa, é pedir também “saúde, casa, trabalho”, assim como “o perdão dos pecados e, portanto, a paz nas nossas relações; e que nos ajude nas tentações e nos liberte do mal”.

E porque pedir e suplicar “é muito humano”, Francisco recordou que, “todos nós experimentamos, num momento ou outro da nossa existência, o tempo da melancolia, da solidão” e que, “às vezes, parece que tudo desmorona, que a vida vivida até agora tenha sido em vão. Nestas situações, aparentemente sem solução, existe uma única saída: o grito, a oração: “Ajudai-me, Senhor!”. A oração abre fendas de luz nas trevas mais escuras”, disse Francisco.

O Papa referiu ainda que “muitos têm vergonha de pedir”, mas indicou que a atitude deve ser outra.

“Não devemos ter vergonha de pedir a Deus. É como um grito do coração que dirigimos ao Pai”, disse Francisco, acrescentando que “não devemos sufocar a súplica que surge espontaneamente em nós”.

Francisco recordou que “a oração de súplica caminha de mãos dadas com a aceitação do nosso limite” e garante que “Deus ouve e responde sempre, mas é preciso aguentar e ter paciência”.

“Deus escuta o clamor de quem o invoca. Até mesmo as nossas perguntas gaguejadas, mesmo aquelas que permanecem no fundo do coração. O Pai quer-nos dar o seu Espírito, que anima cada oração e transforma todas as coisas. É uma questão de paciência, de aguentar a espera”, explicou Francisco.

Na saudação final, o Santo Padre referiu-se à sua Carta Apostólica, ontem publicada, com o título “Com coração de Pai”, sobre São José, e deixou um convite: “Invoquemos a sua proteção sobre a Igreja, neste nosso tempo, e aprendamos com ele a cumprir sempre, com humildade, a vontade de Deus”.

Comentários
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  • Desabafo Assim
    11 dez, 2020 BAGUIM DO MONTE 09:13
    Pois partimos sempre do Pai Nosso, nunca se esgota, temos de ser sinceros, temos de procurar no novelo a ponta até a encontrar. Depois digo, ajudai-me nas atribulações do amanhã mas tem compaixão de mim que sou fraco e débil, não sou nada ao pé do teu filho Job, ajudai-me amanhã a perdoar aos que me ofendem, que invocam em mim o anticristo para desta forma possa dizer, perdoa-me assim como eu os perdoo-o. Pois se assim for, se o vento soprar de rajada contra mim, que nasçam raízes nos meus pés como nas árvores, para que não te negue porque não quero perder-te de vista. Que maior anticristo poderá o Homem temer que não o que tapa e ofusca o seu coração? Quem ilude o homem com maravilhas e factos mágicos? Iludirá as nações e multidões, onde está senão em nós mesmos, poder-se-á pensar racionalmente que todos os outros morreram antes do tempo? Olhemos os sinais do nosso tempo, paremos, da mesma forma, mas sim para olhar o tempo que corre nos nossos corações pois abunda, sem nunca se esgotar, a disponibilidade de Deus para cada um que trata como filhos verdadeiros. O anticristo das profecias, labuta em cada um arduamente, desde o nascer até ao pôr do sol. Olha as maravilhas que faço aos outros, olha como são felizes desprezando o outro, poderás ambicionar melhor que isso? Como pode algo ter tanta força e certeza em nós senão o anticristo. Não te molesto nem te repreendo, és livre e nunca conseguirás encontrar algo palpável que me possa denunciar frente aos outros.

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