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Braga

Basílica dos Congregados de vermelho para lembrar cristãos perseguidos

25 nov, 2020 - 09:38 • Olímpia Mairos

Em várias partes do mundo nega-se a liberdade dos cristãos por não quererem renunciar à sua fé. Muitos vivem com medo e sofrem calados. “É preciso que a sociedade não se esqueça destes presos de consciência”.

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A basílica dos Congregados, em Braga, está iluminada de vermelho, para lembrar perseguição aos cristãos.

A iniciativa da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em parceria com a Arquidiocese de Braga quer “chamar a atenção da opinião pública para o drama, tantas vezes ignorado, da prisão injusta, em vários países, de homens e mulheres por serem cristãos”, afirma Catarina Martins de Bettencourt.

A diretora da Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal realça que “os cristãos detidos por causa da sua fé e são vítimas da perseguição religiosa.”

Nos últimos anos, a Fundação AIS tem procurado sensibilizar a opinião pública para a questão da perseguição religiosa, organizando diversas iniciativas durante o mês de novembro, nomeadamente iluminando de vermelho monumentos simbólicos em Portugal e em diversos países do mundo.

“Este ano, por causa da pandemia do coronavírus, que impediu também a concretização de iniciativas previstas para a comemoração dos 25 anos de presença da Fundação AIS no nosso país, optou-se por não promover esta ação”, explica Catarina Martins de Bettencourt.

A diretora da Ajuda à Igreja que Sofre em Portugal esclarece que há cristãos “vítimas do terrorismo, de governos despóticos, de tiranos, de poderosos sem escrúpulos e até, tantas vezes, da inveja e má-fé de vizinhos ou colegas”.

“São cristãos detidos injustamente por causa da sua fé”, denuncia Catarina Martins Bettencourt, considerando que “é preciso que a sociedade não se esqueça destes presos de consciência”, daí esta iniciativa denominada "Libertem os Prisioneiros".

“Esquecer os cristãos perseguidos seria uma segunda condenação”

A fundação pontifícia lembra que há nomes que ganharam notoriedade entre estas vítimas da intolerância religiosa e exemplifica com Asia Bibi, condenada à morte por um crime que não cometeu.

“Infelizmente, há muitas ‘asias bibi’ em muitos países. São mulheres e homens, por vezes ainda crianças, que veem as suas vidas amputadas por causa do fanatismo religioso. Um fanatismo que os transforma de seres humanos em inimigos, coisas sem valor, objetos de ira, alvos a abater”, lamenta a AIS.

O número de cristãos presos no mundo “vítimas de intolerância religiosa, de governos prepotentes ou de grupos terroristas” não está contabilizado, mas, “segundo um trabalho publicado pelo jornal 'Christianity Today', em janeiro deste ano, todos os meses, nos 50 países onde a perseguição religiosa é mais aguda, cerca de 300 cristãos são presos injustamente”, assinala a fundação pontifícia.

“Esquecer os cristãos perseguidos seria uma segunda condenação”, afirma a diretora da Fundação AIS em Portugal. Por isso, Catarina Martins de Bettencout afirma que “é imperativo ajudar a libertá-los”, apoiando a Fundação AIS também “nesta missão”

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