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Papa elogia a coragem dos Santos e une-se espiritualmente a quem vai aos cemitérios

01 nov, 2020 - 13:12 • Aura Miguel

“Precisamos da mansidão para avançar no caminho da santidade”, afirmou Francisco, explicando que “mansos são os que sabem dominar-se, que deixam espaço para o outro, o ouvem e o respeitam”. Pessoas “que a mentalidade mundana não aprecia”.

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Papa elogia coragem de todos os santos que vão “contra a corrente da mentalidade mundana”
Papa elogia coragem de todos os santos que vão “contra a corrente da mentalidade mundana”

Na reflexão que antecedeu a oração do Angelus, Francisco elogiou a coragem de todos os santos que vão “contra a corrente da mentalidade mundana” e que, por isso, “são preciosos para Deus".

O Papa avançou depois alguns exemplos, a partir das bem-aventuranças que a Igreja propõe no Evangelho de hoje. “Neste momento da vida mundial, com tanta agressividade, incluindo na vida quotidiana, a primeira coisa que sai de dentro de nós é a agressão, a defesa. Precisamos da mansidão para avançar no caminho da santidade”, disse.

E explicou. “Mansos são os que sabem dominar-se, que deixam espaço para o outro, o ouvem e o respeitam no seu modo de viver, nas suas necessidades e nos seus pedidos. Não pretendem subjugá-lo ou menosprezá-lo, não querem sobrepor-se e dominar tudo, nem impor as suas próprias ideias e interesses, em detrimento dos outros. Essas pessoas, que a mentalidade mundana não aprecia, são preciosas aos olhos de Deus, que lhes dá como herança a terra prometida, ou seja, a vida eterna”.

Francisco conclui, a propósito da festa que se assinala neste domingo, que “escolher a pureza, a mansidão e a misericórdia; escolher confiar-se ao Senhor na pobreza de espírito e na aflição; comprometer-se com a justiça e a paz significa ir contra a corrente da mentalidade deste mundo, da cultura da posse, da diversão sem sentido, da arrogância com os mais fracos”.

Foi o caminho percorrido pelos Santos e pelos beatos, refere para sublinhar que "a vocação pessoal e universal à santidade nos oferece os modelos seguros deste caminho, que cada um percorre de modo único e irrepetível, segundo a ‘fantasia’ do Espírito Santo”.

No final do Angelus, o Papa solidarizou-se com as populações do mar Egeu, que sofreram com o mais recente terremoto, e renovou os apelos de paz para a região do Nagorno-Karabakh.

Papa “une-se” a todos quantos vão aos cemitérios

A terminar, deixou um conselho para os que nestes dias se deslocam aos cemitérios: “uno-me espiritualmente com todos os que, nestes dias – observando as normas sanitárias que são importantes – vão rezar junto das sepulturas dos seus entes queridos, em todo o mundo”.

O Santo Padre que, habitualmente, a 2 de novembro, se desloca a um grande cemitério romano para celebrar a missa de fiéis defuntos, desta vez, por causa da pandemia, a celebração realiza-se (na segunda-feira à tarde) no pequeno cemitério teutónico, dentro do Vaticano.

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