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D. Anacleto Oliveira – 1946-2020

Bispo recordado como “afável, dialogante e de grande profundidade teológica”

18 set, 2020 - 21:29

Quem conheceu o bispo recorda um homem de grande capacidade intelectual e espiritual, mas ao mesmo tempo próxima do povo que servia.

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D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo, morreu esta sexta-feira depois de um acidente de automóvel.

Quem conheceu o bispo recorda um homem de grande capacidade intelectual e espiritual, mas ao mesmo tempo próxima do povo que servia.

"Nós aceitamos e sabemos que estes momentos são vividos na esperança que sempre acompanhou D. Anacleto. Certamente que perdemos um amigo, um grande bispo, e eu falo a partir da Conferência Episcopal onde me habituei a vê-lo com uma mente sempre muito lúcida, muito aberta, muito universal, sentindo bem a Igreja em Portugal e no mundo, mas ao mesmo tempo abrindo-se a novas perspetivas. "

D. José Ornelas, bispo de Setúbal e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa



"​​Recordo com emoção as várias conversas que, ao longo dos tempos, fizeram crescer a nossa amizade e os diversos projectos que nos uniram enquanto bispos titulares de dioceses irmãs. De modo particular, consola-me saber que D. Anacleto Oliveira pôde ver realizado o seu sonho da tão desejada canonização de S. Bartolomeu dos Mártires. Neste momento de profunda dor somos chamados a iluminar com a esperança da ressurreição o que o nosso coração resiste em aceitar"

D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga



Foi com um choque emocional muito grande que recebi a notícia tão inesperada do seu falecimento. Era um grande amigo a quem me ligava uma relação particular de amizade desde os tempos de estudante em Roma, quando tive oportunidade de o conhecer pessoalmente e estabelecer uma relação de amizade que perdurou no tempo. Tinha uma paixão pela Bíblia e era um biblista de renome, reconhecido aqui em Portugal e na Alemanha. Foi um choque grande, sobretudo pela maneira tao trágica como terminou a sua existência terrena. Que sejamos dignos do legado que ele nos deixa como pastor e pai que foi na diocese de Viana do Castelo

Cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima



Era de uma grande seriedade, aplicação e certeza em tudo quanto fazia. Foi um grande bispo, daí este misto de pena e de saudade, tanto mais que foi tudo tão surpreendente, tão tragicamente surpreendente. Era um homem muito simples, muito frontal, ótimo conversador e fomos ótimos colaboradores como auxiliares em Lisboa​

Cardeal D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa



​Guardo as melhores recordações em termos pessoais, de muitas décadas. Em termos eclesiásticos, uma dedicação ao povo cristão e em geral a toda a comunidade, com uma visão ecuménica, uma abertura e tolerância e capacidade de entender os outros e grande disponibilidade que liga também à forma como comunitariamente as reações foram muto pesarosas, porque era de facto um prelado querido das gentes.​

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República



"Foi uma notícia de facto muito triste, uma tragédia. Era uma personalidade muito afável, dialogante, de grande participação e de envolvimento na comunidade. Era uma pessoa com um discurso muito fácil, sendo de grande profundidade teológica, todas as suas homilias e intervenções públicas eram de uma grande simplicidade. Aproximava-se das pessoas. "

José Maria Cunha e Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo



​​Obrigado D. Anacleto, pelo seu amor à Palavra de Deus, ao Senhor e à sua Igreja; obrigado pelo trabalho dedicado, pela seriedade académica e generosidade pastoral. Obrigado a Deus pelo dom da sua vida!​​

Padre Mário Sousa, presidente da Associação Bíblica Portuguesa



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