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Bispo das Forças Armadas. "O ser humano é feito para a vida e não para a morte"

12 abr, 2020 - 12:56 • Ecclesia

“A pandemia, o coronavírus, as notícias do crescente número de infetados e de mortos; os receios do agravamento dos problemas sociais, como o desemprego, as desigualdades, a fome, a carestia… tudo contribui para que também nós acabemos por respirar um ar de pessimismo e deixemos que o nosso espírito esmoreça", adverte D. Rui Valério.

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O bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Rui Valério, convidou, este domingo, a encontrar os sinais de esperança na vida de cada pessoa porque, o ser humano é feito “para a vida e não para a morte”.

“Cristo está vivo e participa da nossa história, dos nossos desafios, dos nossos dramas, das nossas esperanças… Por isso, convido-vos a encontrá-l’O dentro da vossa vida, porque é aí que Ele partilha hoje as vicissitudes da vossa existência e toma parte no que padeceis, no que realizais ou projetais”, afirmou D. Rui Valério na homilia da celebração do dia de Páscoa.

Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, o responsável desafiou a “vislumbrar, nas dificuldades do presente, a verdade da esperança que o acontecimento da ressurreição descerra”.

A nova vida convida a “a olhar para a atual circunstância e vislumbrar que, através do amor, da solidariedade, do serviço, nós, com a graça de Deus, teremos força para remover do mundo encerrado em si mesmo a pedra do pesadelo, a pedra da ameaça, do perigo e do medo e abrir a porta da esperança e da confiança”.

Afirma o responsável que o ser humano é feito “para a vida e não para a morte, nem para os cemitérios”: “somos chamados para a alegria e para a luz e não para a angústia ou para as trevas”.

D. Rui Valério aponta “semelhanças”, no mundo de hoje com Maria Madalena.

“A pandemia, o coronavírus, as notícias do crescente número de infetados e de mortos; os receios do agravamento dos problemas sociais, como o desemprego, as desigualdades, a fome, a carestia… tudo contribui para que também nós acabemos por respirar um ar de pessimismo e deixemos que o nosso espírito esmoreça. Afinal, a presente situação acaba até por ser contranatura”, indica.

Se a circunstância da celebração da Páscoa este ano exige uma “situação de quarentena”, indica o bispo do Ordinariato Castrense que este contexto deve orientar a sensibilidade “solidária para referências que a narração desse acontecimento sugere”.

Nesta hora em que se constata o fecho de escolas, de indústrias, mas também o ser humano, “confinado a casa pelas medidas de quarentena”, o anúncio da Ressurreição, dirigido a cada pessoa, “impele a abrir à esperança”.

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