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Covid-19

Papa. “O que faz Deus diante a dor” criada por esta pandemia?

08 abr, 2020 - 11:46 • Aura Miguel

Francisco dedicou a audiência geral desta quarta-feira à reflexão sobre Deus no contexto da atual crise criada pelo novo coronavírus.

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Papa reflete sobre o papel de Deus no combate à pandemia. "O Senhor nunca nos abandona, nem se esquece de nós"
Papa reflete sobre o papel de Deus no combate à pandemia. "O Senhor nunca nos abandona, nem se esquece de nós"

“Nessas semanas de apreensão sobre a pandemia que está fazer o mundo sofrer tanto, entre as muitas perguntas que nos fazemos, também há perguntas sobre Deus: o que faz Ele diante de nossa dor? Onde está quando tudo corre mal? Porque não resolve rapidamente os problemas? Essas são perguntas que fazemos sobre Deus”, disse o Papa nesta manhã de quarta-feira.

Durante a audiência geral, que continua a decorrer à porta fechada, Francisco avançou para as repostas.

“Contemplando Jesus crucificado, podemos descobrir a verdadeira face de Deus: não um deus que seria uma projeção daquilo que somos – do que consideramos como sucesso, do nosso sentido de justiça, da nossa indignação – mas de um Deus que, em vez de se revelar de forma espetacular e impor com força, se revela através do amor, manifestado na humildade, proximidade e entrega”, afirmou.

“De facto, o poder deste mundo passa, mas o amor permanece”, destacou o Papa, sublinhando que, “na Cruz, que é a cátedra de Deus, vemos como o amor divino cura o nosso pecado, fazendo da morte uma passagem para a vida”.

“Por isso, Jesus exorta-nos a não temer, a ter coragem, pois Ele está ao nosso lado: nunca nos esquece nem nos deixa sós; e pede-nos que abramos o nosso coração na oração e assim acolhamos a salvação que que Ele nos trouxe com a sua vitória sobre o pecado e a morte”, acrescentou.

Por fim, Francisco sublinhou que “podemos mudar nossas histórias se nos aproximarmos d’Ele, aceitando a salvação que nos oferece”. E convidou os fiéis a abrir o coração a Deus através da oração, com o Crucificado e com o Evangelho.

“Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho”, rematou.

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